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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Ministro Marcelo Queiroga é vaiado em evento e xinga presentes de covardes; veja

Bolsonarista se envolveu em discussão com plateia de encontro de secretários de Saúde em Aracaju

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São Paulo

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL), foi vaiado ao realizar a abertura de congresso em Aracaju, capital de Segipe, nesta quinta-feira (3).

Queiroga é um dos convidados do 8º Congresso Norte/Nordeste de Secretarias Municipais de Saúde, evento que reúne secretários de Saúde de todo o país.

Segundo relatos de presentes ao Painel, Queiroga foi vaiado ao chegar e retrucou, o que fez com que as vaias se tornassem ainda mais intensas. Diversas pessoas deixaram o auditório do Centro de Convenções de Aracaju durante a fala do ministro de Jair Bolsonaro (PL).

Nos vídeos obtidos pela coluna, o ministro chama os presentes de covardes, diz que só sabem fazer bagunça e que ele não tem medo.

Queiroga dirigiu críticas ao Consórcio Nordeste, iniciativa dos governos do Nordeste para elaborar estratégias de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

"Disseram que iam comprar respirador. Não compraram nenhum. Zero. É assim que vocês querem unir o Brasil? Vocês vão ter a resposta em breve", disse o ministro enquanto era vaiado.

Ele ainda fez críticas à Venezuela, país que é alvo frequente do discurso bolsonarista, dizendo que aqueles que o vaiavam deveriam conhecer o Projeto Acolhida em Roraima, destinado a receber imigrantes da nação vizinha.

Ele saiu do palco acompanhado de seguranças e acenou com as mãos de maneira irônica em direção às pessoas que o vaiavam. O evento foi encerrado mais cedo devido ao clima de animosidade, afirmaram alguns dos presentes ao Painel.

Queiroga foi o último dos ministros da Saúde escolhidos por Bolsonaro para combater a pandemia da Covid-19. Ele assumiu o cargo após Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), Nelson Teich e Eduardo Pazuello (PL, deputado federal eleito).

Os dois primeiros perderam os cargos após demonstrarem resistência à postura negacionista do presidente, que combatia medidas de isolamento social recomendadas por cientistas e pela Organização Mundial da Saúde e recomendava medicamentos sem eficácia contra o coronavírus, como a hidroxicloroquina e a ivermectina.

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