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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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PT quer barrar banco criado pelo Sebrae

Fintech SebraeCred é descrita como desvio de função e risco para o próprio sistema

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São Paulo

O PT quer barrar a implementação do SebraeCred, um banco do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) voltado a atender empresas de pequeno porte que enfrentam dificuldades para tomar crédito na praça. Criado no final do ano passado, o SebraeCred é definido como um desvio de função por Paulo Okamotto, que trata do tema pelo governo.

Segundo o petista, que foi presidente do Sebrae de 2003 a 2010, a missão da instituição deve ser levar formação e assistência técnica, e não oferecer crédito e ganhar juros.

Sede do Sebrae, em Brasília
Sede do Sebrae, em Brasília - Divulgação/Folhapress

"O Sebrae resolveu tirar o dinheiro que deveria levar aos pequenos negócios que precisam de conhecimento e criou uma sociedade de garantia de crédito direto, que empresta dinheiro a juro. Em vez de cuidar do negócio principal, que é levar conhecimento, informação e assistência aos empresários e discutir com o governo os ambientes de negócios, créditos e inovação, você resolve montar um banco para concorrer com outras entidades com o objetivo de ganhar lucro?", afirma.

"O Sebrae não tem que objetivar ganhar dinheiro com esse tipo de coisa. E isso coloca em risco o sistema. Se as pessoas não pagarem, como faz? A pessoa pega o dinheiro, não tem conhecimento para usar, a empresa quebra. O Sebrae fica até sem moral para cobrar", completa.

Carlos Melles, presidente do Sebrae
Carlos Melles, presidente do Sebrae - Divulgação

Em outubro do ano passado, o Banco Central autorizou a criação do SebraeCred, uma sociedade de crédito direto com proposta de atuar como fintech e crédito inicial de R$ 600 milhões. Carlos Melles, presidente do Sebrae, disse à época que a ideia não seria emprestar dinheiro, mas atuar apenas como garantidor de crédito.

O conselho deliberativo do Sebrae se reúne na quarta-feira (8). O governo tenta derrubar Melles, o atual presidente que é visto como bolsonarista, e colocar nomes mais identificados com a gestão federal, como o ex-candidato ao governo de Santa Catarina Décio Lima (PT).

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