O Brasil atingiu nos últimos dias a marca simbólica de 100 mil refugiados venezuelanos interiorizados, ou seja, realocados de Roraima, por onde costumam entrar no país, para outros estados.
A ação começou há cinco anos, quando o fluxo de venezuelanos que fogem da ditadura de Nicolás Maduro se intensificou.
Segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Social, os venezuelanos foram levados para mais de 930 cidades brasileiras, muitas vezes após receberem oportunidades de trabalho. Cerca de 40% dos interiorizados são mulheres e 39%, crianças.
No total, 425 mil venezuelanos entraram no Brasil. Grande parte foi atendida pela Operação Acolhida, organizada pelo Exército em Roraima para dar assistência aos refugiados.
A estratégia de interiorização e a Operação Acolhida têm apoio da Plataforma de Coordenação Interinstitucional para Refugiados e Migrantes da Venezuela (R4V), da agência da ONU para refugiados (Acnur) e Organização Internacional para as Migrações (OIM), com a participação de 55 organizações da sociedade civil e outras agências da ONU no Brasil.
"A estratégia de interiorização garante proteção e inclusão, proporcionando meios eficazes para as pessoas venezuelanas no país recomeçarem suas vidas com dignidade", diz Davide Torzilli, representante do Acnur no Brasil.
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