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Descrição de chapéu Folhajus

Justiça derruba liminar que proibia remoção de barracas de moradores de rua em SP

Medida contra ação do prefeito Ricardo Nunes havia sido obtida por deputado Guilherme Boulos

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O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo derrubou liminar que proibia a remoção de barracas e moradores de rua na capital, que havia sido obtida por Guilherme Boulos (PSOL-SP). O deputado federal diz que vai recorrer.

Funcionários da prefeitura fazem limpeza na rua Anchieta, no centro de São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress

"Embora gravíssima a situação de hipervulnerabilidade dos moradores de rua da cidade de São Paulo (e de tantas outras deste Estado e do país inteiro), cuja integridade física e moral deve ser preservada (não apenas na letra fria da lei), o exercício do direito material deve ser postulado conforme regras processuais apropriadas", diz a decisão do desembargador Ribeiro de Paula.

A liminar obtida por Boulos em fevereiro proibia que a Prefeitura de São Paulo removesse barracas de moradores de rua durante o dia.

A medida havia sido tomada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) sob a justificativa de que as tendas atrapalhavam o direito de ir e vir dos paulistanos, além de causar problemas de limpeza.

Boulos e Nunes devem se enfrentar na eleição para prefeito no ano que vem.

A prefeitura deve começar já neste sábado (1º) o trabalho de remoção de barracas, sobretudo no centro de São Paulo. As que ficam amarradas a grades serão desmontadas pela equipe do Executivo municipal.

Já as que ficam soltas na calçada deverão ser retiradas pelos próprios moradores de rua. A prefeitura diz que eles serão orientados a buscar serviços de acolhida da prefeitura.

Em nota, Boulos diz que é absurdo que a prefeitura "considere que a população sem teto viva nas ruas por vontade própria, e não por estar abandonada pelo poder público."

O deputado federal cita levantamento divulgado em janeiro pela UFMG segundo o qual a população de rua chegou a 48 mil na capital, diante de uma oferta de cerca de 20 mil vagas em abrigos.

"A questão dos sem-teto precisa ser resolvida de maneira estrutural, e não com o uso de violência para tirar o pouco que sobrou de quem já não tem quase nada", completa.

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