O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) diz que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), "virou mais bolsonarista" que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante a tramitação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Os dois deverão se enfrentar em 2024, nas eleições para a Prefeitura de São Paulo.
Boulos afirma que "até o Tarcísio buscou negociar, reconheceu os avanços e conseguiu pontos mais positivos para o estado, enquanto ele [Nunes] foi para Brasília tirar foto com Bolsonaro e atacar a reforma, igual ao novo chefe".
Nunes foi um dos membros mais atuantes da Frente Nacional de Prefeitos e fez oposição à reforma sob alegação de que a substituição do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) significará uma perda de arrecadação expressiva para a capital.
Ele se reuniu com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Jair Bolsonaro (PL) para discutir a reforma tributária. O ex-presidente iniciou um movimento para barrar a aprovação da Proposta da Emenda à Constituição, mas saiu derrotado.
Tarcísio, por sua vez, tornou-se alvo de ataques bolsonaristas, inclusive do próprio ex-presidente, após defender a aprovação da reforma.
O emedebista tem buscado o apoio de Bolsonaro para as eleições de 2024. Quando perguntado sobre o tema, o ex-presidente tem dito que eles ainda precisam "tomar muita tubaína juntos", ou seja, precisam se conhecer melhor.
Boulos, por sua vez, deverá contar com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de Boulos e Nunes, despontam como pré-candidatos para a Prefeitura de São Paulo em 2024 os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (União Brasil-SP).
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