Pré-candidato a prefeito de São Paulo, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil) diz que fará uma nova revisão do Plano Diretor caso seja eleito no ano que vem.
"A revisão feita recentemente pela Câmara foi um passo na direção correta, mas o resultado final acabou sendo muito tímido", diz Kim.
Faltou, em sua opinião, discussão sobre temas como fachada ativa, uso misto de imóveis e adensamento da cidade. "O Plano Diretor é uma lei, e nada impede que a Câmara o modifique novamente", afirma.
Desde que foi escolhido pelo MBL (Movimento Brasil Livre) para apresentar sua pré-candidatura, Kataguiri começou a pensar sobre programa de governo. Ele ainda terá de se viabilizar no União Brasil, que por enquanto compõe a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição.
Outros pontos que o deputado pretende priorizar numa hipotética disputa à prefeitura são o investimento em governo digital e a defesa de que as guardas municipais tenham poder de polícia, o que exige emenda constitucional. Ainda no capítulo da defesa, quer a volta das rondas ostensivas urbanas.
Sobre a cracolândia, Kim diz que é preciso criar incentivos para que o usuário e os moradores de rua em geral aceitem ir para abrigos da prefeitura.
Ele também se coloca contra a proposta de tarifa zero de ônibus, cogitada por Nunes e pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), atual líder nas pesquisas. "É uma política inviável, que vai premiar a ineficiência do sistema", diz.
Para conseguir convencer seu partido a bancar a candidatura, Kim tem adotado o discurso de que Nunes não tem capacidade de bater Boulos no segundo turno, por ter grande rejeição. Ele e o MBL começaram a fazer críticas mais duras ao prefeito.
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