Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel
Descrição de chapéu Eleições 2024

Organizador de motociata com Bolsonaro filia-se ao PSDB de SP para se candidatar a vereador

Empresário e pastor Jackson Vilar também foi alvo do ministro Alexandre de Moraes por espalhar fake news e do Ministério Público por burlar regras da pandemia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ex-militante bolsonarista Jackson Vilar, que organizou motociata com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em plena pandemia, filiou-se nesta quarta-feira (3) ao PSDB, com o objetivo de ser candidato a vereador. Ele assinou a ficha ao lado do presidente do diretório municipal, José Aníbal.

Jakcson Vilar com o então presidente Jair Bolsonaro em motociata em 2021
Jakcson Vilar com o então presidente Jair Bolsonaro em motociata em 2021 - Reprodução

Vilar também foi alvo do ministro Alexandre de Moraes (STF), que chegou a derrubar um canal seu no Telegram com a justificativa de que ele pregava o desrespeito ao resultado eleitoral de 2022 e atacava as urnas eletrônicas.

Em 2021, Vilar, que é pastor e empresário na zona sul de São Paulo, organizou a motociata "Acelera para Cristo", que teve Bolsonaro como participante.

Ele chegou a posar para fotos ao lado do então presidente. Como resultado do evento, realizado em plena pandemia, foi alvo de inquérito do Ministério Público Estadual.

Na mesma época, Vilar também gravou vídeo ao lado de Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente, incitando comerciantes a desrespeitar as medidas de restrição social determinadas pelo então governador João Doria (PSDB) durante a pandemia.

Ao Painel, Vilar diz que rompeu com Bolsonaro ainda em 2021. "Eu percebi naquele momento da motociata que ele não é cristão, nunca foi. O que ele fala não é da fé cristã", diz.

O pastor diz ainda que não foi contra o resultado eleitoral e nem atacou as urnas. Afirma que frases suas no canal que mantinha no Telegram foram retiradas de contexto. Em um vídeo, ele aparece dizendo que queria "quebrar a urna".

O pastor e empresário Jackson Vilar ao lado do presidente do PSDB de SP, José Aníbal
O pastor e empresário Jackson Vilar ao lado do presidente do PSDB de SP, José Aníbal - Reprodução

"Eu usei uma força de expressão para combater uma fake news que circulava, de que se você digitasse o número de um candidato na urna, apareceria a foto de outro. Falei que isso era absurdo e que se acontecesse eu poderia quebrar a urna. Mas foi uma brincadeira", afirmou.

Vilar diz que nunca foi de direita, embora seu canal no Telegram chamasse "nova direita". "Era só um nome, era para atrair a atenção contra as fake news da direita bolsonarista", diz.

Ele afirma que foi procurado por um integrante da Executiva Municipal do PSDB para se filiar e que decidiu se juntar ao partido após uma conversa com Aníbal. "Agora eu sou PSDB. A experiência do Zé Aníbal me conquistou", disse.

A filiação de Vilar ocorre num momento em que a direção municipal do PSDB busca se distanciar do prefeito Ricardo Nunes (MDB) justamente com o argumento de que ele tem Bolsonaro entre seus apoiadores.

Fundador do partido, Jorge Damião diz que a filiação é uma contradição. "Curioso como as coisas se dão no PSDB do interventor Zé Aníbal Roussef. Ricardo Nunes receber o apoio de Bolsonaro não pode, mas filiar no partido quem organizou a motociata para ele pode".

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.