Por mais preocupante que seja a situação com a falta de recursos para o Minha Casa Minha Vida, o setor privado jogou a toalha: segundo empresários, não há mais o que fazer a não ser esperar e torcer.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, afirmou na última quarta (24) que a verba do governo para o programa acaba em junho.
Até lá, construtoras preveem que obras em andamento vão prosseguir, mas que novos projetos dificilmente vão sair do papel.
Mãos atadas A expectativa do setor é que o governo suplemente o MCMV, diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da construção). “Não tem o que fazer, o que deu foi garantir até junho. Agora é esperar a Previdência para negociar depois.”
Suspense A indefinição atrapalha principalmente os segmentos com maior subsídio do governo, como as faixas 1 e 1,5, afirma André Campos, presidente da Emccamp.
Sem... Enfrentar problemas financeiros no programa não é algo exatamente novo, segundo Luciano Amaral, diretor-geral da incorporadora Benx, do grupo Bueno Netto.
...novidade “Quer trabalhar com MCMV? Então é preciso entender que ele faz parte do orçamento do governo, de um banco estatal, e que às vezes há percalços. Por exemplo, todo ano em outubro e novembro há contingenciamento. O empresário está preocupado, mas não parou ainda”, afirma.
Riqueza Para melhorar a condição do dinheiro em circulação, segundo o Banco Central, vai ser produzido 1,5 bilhão de novas cédulas neste ano. É um salto se comparado aos anos recentes. Em 2016, foram emitidas apenas 875 milhões de notas.
Dinheiro no lixo No ano passado, o Banco Central destruiu 1,29 bilhão de notas consideradas imprestáveis. As pesquisas mais recentes indicam melhora na avaliação da população sobre a conservação das cédulas de baixo valor, de R$ 2 e R$ 5. A circulação total atualmente anda em torno de 6,7 bilhões de cédulas.
Faísca O aquecimento do setor de celulose em São Paulo e nos arredores pode até levar a uma falta de madeira no estado, segundo a consultoria Forest2Market do Brasil.
No forno Grandes empresas já começaram a aumentar a capacidade produtiva e têm comprado terras, diz Marcelo Schmid, diretor da consultoria. “O mercado paulista até aqui estava morno, mas vai acelerar nos próximos meses.”
Custo Uma certeza é que o preço vai subir, mas a estratégia para comprar eucalipto varia de companhia para companhia, diz Caio Zanardo, diretor da Suzano, que, para suportar seu crescimento, comprou florestas da Duratex.
Segredo A Lwarcel planeja expandir o cultivo atual de 60 mil hectares para 90 mil. “Estamos totalmente confiantes em nossa capacidade de trabalhar no grande estado de São Paulo”, diz, em nota.
Prosa
“Eu esperava que o início do ano não seria fácil. Continuo otimista, inclusive com a aprovação da reforma da Previdência. Nos parece claro que existe um consenso de que a reforma é necessária
André Clark
presidente da Siemens no Brasil
com Igor Utsumi, Paula Soprana e Ivan Martínez-Vargas
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