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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Enquanto Bolsonaro censura propaganda, agências falam sobre diversidade

Outras campanhas lançadas na mesma semana abordam temas como gênero e preconceito

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São Paulo

Ao censurar uma propaganda do Banco do Brasil protagonizada por atores que representam diversidade racial e sexual, o presidente Jair Bolsonaro tira a instituição financeira de uma tendência já consolidada no mercado publicitário.

Só nesta semana, agências como Young & Rubicam, Ogilvy e AlmapBBDO soltaram peças que abordam violência contra transexuais, meninos brincando de boneca e presença de mulheres em profissões com baixa representatividade feminina.

Mulher negra, com cabelos curtinhos. Ela usa uma jaqueta verde brilhante. Na cena, ela está fazendo uma selfie com o celular
Cena de comercial do Banco do Brasil, que foi tirado do ar - Reprodução

Menina veste azul Em campanha da empresa Forcefield, de protetores bucais, a Y&R conta a história da lutadora transexual de MMA Anne Veriato, que sofreu preconceito na infância.

Menino veste rosa A multinacional americana de brinquedos Hasbro passou a veicular uma propaganda com o mote de que, seja menino ou menina, quem brinca com bonecas pode se tornar um adulto melhor.

Estrada longa Na peça criada para a Volkswagen, um programa de edição de texto acusa erro quando se digita “caminhoneiras”. Ele sugere a troca para a palavra na forma masculina. É a deixa para abordar que o mundo precisa “ser sob medida para todos”.

Saiu... Há menos de dez anos, anúncios que destacavam casais gays geravam surpresa no Brasil pela raridade, como um da construtura MaxHaus.

...do armário Nos EUA, casais multirraciais em propagandas provocavam fortes reações racistas. A avaliação no meio publicitário é que o tempo de se escandalizar com o assunto passou e a criação em torno do tema não vai parar.

Insatisfação Além da perda de arrecadação, o Sindifisco (sindicato dos auditores da Receita) questionou dois pontos principais na decisão do STF que ampliou o subsídio fiscal para a compra de insumos na Zona Franca de Manaus.

Franqueza O primeiro é que a Zona Franca foi criada para incentivar a industrialização na região, não a venda de matéria-prima, de acordo com o sindicato. A segunda queixa é sobre o próprio STF, que teria extrapolado seu papel ao avaliar o caso economicamente.

Negociação Nove em cada dez imóveis usados são vendidos em São Paulo com desconto, segundo a imobiliária e administradora Lello. 

Liquidação Cerca de 20% das transações tiveram um abatimento de preço superior a 11% no primeiro trimestre deste ano. O valor médio registrado foi de R$ 700 mil.

Pressa Motoristas que optam por alugar carros têm ficado cada vez menos tempo com o veículo, segundo a plataforma de locação Rentcars. A média de diárias caiu 13,3% em São Paulo no último ano. No Rio e em Porto Alegre, as quedas foram de 6,6% e 5,8%.

Tomada A fabricante de eletrônicos Multilaser está contratando neste ano cerca de 200 pessoas e construindo dois galpões de 15 mil m², além de uma nova fábrica de roteadores para fibra ótica, em Minas Gerais, e outra de caixa de som, em Manaus, segundo o presidente da companhia Alexandre Ostrowiecki.

Standby A empresa chegou a fazer pedido de registro de companhia aberta no ano passado, mas desistiu. “Estamos confiantes no nosso plano de crescimento sem precisar de IPO. Nossa ideia é aguardar mais um ciclo de dois ou três anos de crescimento para voltar ao tema”, diz o empresário.


Prosa

Retrato de Alexandre Ostrowiecki, presidente da fabricante brasileira de eletrônicos e equipamentos de informática Multilaser
Alexandre Ostrowiecki, presidente da fabricante brasileira de eletrônicos e equipamentos de informática Multilaser - Divulgação

“Pensamos em fazer IPO [oferta pública inicial de ações] em 2018, mas o mercado estava muito fechado na época. Consideramos que não era bom momento"
Alexandre Ostrowiecki
presidente da Multilaser, sobre decisão de engavetar a abertura de capital

com Igor Utsumi e Paula Soprana 

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