Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Redes de moda sentiram alívio após Doria mandar fechar shoppings

Empresas dizem que já estavam sem faturamento há dias, mesmo com portas abertas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Varejistas de moda expressaram alívio após a decisão anunciada pelo governador João Doria (PSDB) de São Paulo nesta quarta (18) de determinar o fechamento de todos os shoppings da região metropolitana da capital para tentar conter o coronavírus.

"Por mim, eu já teria fechado desde a semana passada por causa do coronavírus. A gente estava com um cenário de não ter venda, não faturar. Os shoppings, independentemente da decisão de um governador, já deveriam ter tomado a medida de fechar por conta da epidemia", afirma Andrea Ducca, diretora-geral da Gregory.

Angelo Campos, diretor da MOB, diz que a exposição ao risco é irresponsabilidade. "Eu acho ótimo [fechar] porque a coisa está se agravando de tal maneira, e o governo federal não está se manifestando. A gente tem recebido um monte de notícia, não sabe se é fake news ou verdade com relação ao contágio. Para nós, foi bom porque não ficamos no meio do caminho. A gente tem vindo trabalhar sujeito a isso porque o shopping não queria fechar. Agora partiu de cima", diz Campos.

Tito Bessa Junior, dono da TNG e presidente da associação de lojistas de shoppings Ablos, diz que ninguém vai ter condição de pagar as contas.

"Realmente, as lojas não estavam vendendo nada. Mas o que me preocupa é o pós. O que será de nós de agora em diante? Agora não tem recursos mais para aluguel, imposto, folha de pagamento. Poucas empresas estão capitalizadas", diz Bessa Junior. Ele afirma que o setor vai precisar de ajuda do governo, dos bancos e a compreensão dos shoppings.

Fernando Kherlakian, diretor da marca Khelf, considerou o período de fechamento longo, mas necessário. A medida determina que os shoppings ficarão fechados até o dia 30 de abril.

"Os shoppings precisam se conscientizar de que isso é real porque quanto mais tempo eles ficam abertos, mais eles ganham. Nós, lojistas, estávamos querendo fechar porque não estava vendendo nada ou, pelo menos, queríamos que o aluguel fosse um percentual das vendas", diz Kherlakian.

com Filipe Olivera e Mariana Grazini

LINK PRESENTE: Gostou desta coluna? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.