Ideia O ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, quer adicionar seu argumento no debate da defesa de uma moratória no pagamento de impostos. Entre as três grandes despesas das empresas --salários, fornecedores e tributos--, ele avalia que os dois primeiros estão sendo abordados com algum ritmo pelas medidas do governo e do Banco Central.
Retrovisor Mas a arrecadação tributária, segundo Cintra, precisa receber maior atenção. "É despesa que já foi lançada e é devida com fatos geradores ocorridos há meses, em período de normalidade econômica que deixou de existir", diz.
Flashback Aí é que entra o velho argumento defendido por Cintra, a volta da CPMF. Muitas empresas não estão faturando, ou seja, perderam a capacidade contributiva. Mas há diversas outras que estão com faturamento ou bem capitalizadas nesta crise. Para elas, haveria um tributo emergencial até dezembro.
Imposto do cheque "Seria aquele imposto que estávamos discutindo lá atrás, na reforma tributária, aquele que a imprensa insiste em chamar de CPMF, que deu aquele quid pro quo todo. As empresas que estão faturando pagariam uma porcentagem disso ao governo. As que perderam arrecadação e fecharam não pagam nada", diz.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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