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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Defensores da CPMF dizem que Rodrigo Maia tenta interditar debate

Para representantes de empresários favoráveis à ideia, presidente da Câmara não é dono do Congresso

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Cabo de guerra Aborrecidos com a resistência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) em tratar da CPMF no debate da reforma tributária, representantes de empresários favoráveis à retomada do imposto sobre movimentação financeira se organizam para voltar a defender a ideia em Brasília e dizem que o presidente da Câmara não poderá impedir a discussão. Para Luigi Nese, vice-presidente da CNS (Confederação Nacional dos Serviços), a postura de Maia representa uma “ditadura do Legislativo”.

Papo “Não é possível que o presidente de uma casa tão importante interdite um grupo de deputados e interessados em discutir um tema porque ele acha que não deve ser feito. Isso é muito sério, politicamente falando”, diz Nese.

Dono da bola “Rodrigo Maia não é dono do parlamento. Todos ali representam a vontade dos eleitores. Nenhum assunto pode ser banido de uma discussão por ninguém. Se ele estiver aberto a escutar todos, acredito que possamos prosperar no debate”, diz Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresários Brasil 200.

A caminho Cerca de 40 entidades do comércio, da educação e de outros setores estão se organizando para retomar as viagens a Brasília em breve e defender o resgate do tributo como forma de desonerar a folha de pagamento, de acordo com Kanner.

Jornada Para Luigi Nese, falta mostrar no debate da CPMF que ideia do imposto sobre movimentação financeira permitiria desonerar o INSS não só do empregador mas também do funcionário. Ele afirma que esse ponto do projeto é capaz de conquistar a simpatia dos sindicatos.

Pipoca “Essa proposta tiraria três pontos percentuais do INSS que o funcionário paga hoje. Em vez de 8% a 11%, cairia para 5% a 8%, ou seja, o salário dele fica maior. Então, quando ele for gastar o salário para comprar alguma coisa, pagar um cinema, a CPMF sai dessa diferença que ele ganhou a mais”, diz Nese.

Bola de neve  Associações ligadas à Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços) assinaram um manifesto que será enviado a parlamentares na próxima semana defendendo a desoneração da folha de pagamento para todas as empresas.

Carteira assinada  No documento, a entidade afirma que a desoneração ampla, prometida na proposta do governo, seria a forma mais eficiente para reaquecer o emprego depois da crise do coronavírus. A Cebrasse também é favorável à retomada da CPMF. ​

Com Filipe Oliveira e Mariana Grazini

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