Queda livre As baixas dos secretários Salim Mattar (Desestatização) e Paulo Uebel (Desburocratização) do Ministério da Economia nesta terça-feira (11) foram uma decepção entre apoiadores de Bolsonaro. Winston Ling, o empresário que ficou conhecido como o responsável por apresentar Paulo Guedes ao presidente, diz que o Brasil está de volta ao abismo. “Corremos um sério risco com a perda de dois gigantes, firmes defensores da liberdade na economia”, afirma ele.
Fome “Agora, temos de segurar os gastadores. Não há apoio político para limitar o estado. Periga o estado vir a engolir tudo, aproveitando a farsa da pandemia. Alta de gasto, de imposto, como resolver a conta? Precisa de equipe, ninguém faz nada sozinho. E o centrão deve estar de olho na chave do cofre”, disse Ling.
Sonho Empresários próximos de Mattar dizem que ele assumiu o posto com muito idealismo, acreditando que sairia com uma lista de privatizações no currículo, mas demorou para entender que seu mantra de vender imóveis não levaria a lugar nenhum. Na opinião de seus amigos, ele estava em um cargo vazio porque quem toca privatização no país é mesmo o BNDES.
Morte anunciada Desde que assumiu o cargo, a saída de Mattar era frequentemente motivo de especulação nos corredores do ministério. Com três meses no posto, o próprio secretário apareceu em uma entrevista à Veja dizendo que se sentia frustrado.
Saideira Mattar já havia começado essa semana com menos energia do que terminou a última. Na sexta, ele defendeu nas redes sociais a privatização dos Correios e fez provocações a funcionários da estatal. Nesta segunda (10), seus assessores diziam que ele não queria mais falar do assunto, como mostrou o Painel S.A.. E que a decisão era irreversível.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
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