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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Vinícolas superam projeção e venda de espumante brasileiro cresce em 2020

Grandes fabricantes nacionais relatam alta no faturamento anual de até 20%

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São Paulo

A venda de espumantes de grandes fabricantes não cresceu apenas no fim do ano, quando o setor vive sua fase mais importante, mas durante um 2020 marcado por restaurantes fechados e festas de casamento canceladas. Empresas nacionais relatam alta de 10% a 20% no faturamento anual, impulsionado pelo consumo crescente no segundo semestre. Com a oscilação cambial e as fronteiras fechadas, o cliente optou pela bebida nacional, e o estoque nas vinícolas já está baixo.

Vinícola Salton, no distrito de Tuiuty; vendas superaram expectativa do setor
Vinícola Salton, no distrito de Tuiuty; vendas superaram expectativa do setor - Bruno Santos/Folhapress

Fermento A Salton, de Bento Gonçalves (RS), vendeu 1 milhão de litros a mais de espumante do que em 2019, basicamente a partir julho, segundo Maurício Salton, presidente da empresa. “Exportamos 1.200 mil garrafas a mais, dobrando a venda ao exterior.”

Mesa O início da pandemia assustou e as vinícolas até demitiram, mas o aumento do consumo de álcool em casa salvou a produção. “O mesmo movimento do vinho, que passou a ser mais consumido nos lares, ocorreu com o espumante no segundo semestre”, diz Oscar Ló, da Garibaldi.

Na garrafa As vinícolas conseguiram manter os preços na crise, muito competitivos com o dólar alto. Em 2021, no entanto, devem reajustar as tabelas, já que os insumos encareceram, em especial o vidro.

Lacrou “Esperamos que as vendas de fim de ano subam de 15% a 18%, mesmo sem festa. Mas o espumante foi uma surpresa o ano todo”, afirma Eduardo Valduga, diretor da empresa que leva seu sobrenome. Ele diz que a bebida passou a ser usada em drinques e que, assim como o vinho, “virou instagramável”.

Luxo O comércio também agradou estrangeiras como a Freixenet, que aumentou o faturamento no Brasil em até 60%, segundo o diretor-executivo Fabiano Ruiz. “A expansão do crescimento era de 30%, aí baixamos para 5% com a pandemia, mas o consumo per capita aumentou.”

Parreira O cenário das grandes não necessariamente reflete o caixa dos menores. Dados parciais divulgados pela Univibra (União Brasileira de Vitivinicultura) mostram elevação de quase 5% no comércio do espumante moscatel e queda de 4,78% no de champagne. A pesquisa não inclui as vendas de dezembro.

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Eu mereço Mesmo com o encalhe de chocolate em fábricas no período da Páscoa, o consumo do doce fora de casa cresceu 3% até setembro de 2020, mostra pesquisa do Instituto Kantar encomendada pela associação de indústrias do setor.

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Otimismo Após um ano com recorde de ofertas públicas de ações na Bolsa (IPOs e follow-ons), a expectativa é alta para 2021, na projeção de Alexandre Pierantoni, diretor da Duff & Phelps no Brasil. Ele estima que a captação via IPO chegue a R$ 150 bilhões.

Paula Soprana (interina), com Arthur Cagliari

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