Depois que o iFood anunciou uma doação de R$ 5 milhões para ajudar na construção da nova fábrica do Butantan, começou a circular um desconforto no setor.
As críticas se espalharam no fim da semana passada, quando o presidente da empresa, Fabrício Bloisi, postou nas redes sociais um pedido de vacinação aos entregadores.
Na ocasião, Bloisi argumentou que os trabalhadores estão na linha de frente de uma atividade essencial que permite a milhões de pessoas ficarem em casa. Ele também disse que a doação foi feita para apoiar a vacinação de entregadores no país.
À coluna, João Sabino, diretor de políticas públicas do iFood, afirmou que em nenhum momento a empresa pediu ao governo prioridade para os entregadores. "O que levantamos foi a necessidade de os gestores públicos começarem a discutir os pleitos da categoria", disse.
Para a ABO2O, associação que reúne empresas como Rappi, Loggi e 99, a priorização de grupos cabe somente a especialistas.
Gil Diniz, presidente do SindimotoSP, que defende a priorização da categoria, também criticou a iniciativa da empresa. Ele afirma que a atenção ao grupo deveria vir do governo, e não de ações de companhias que têm nas doações um instrumento de marketing.
O iFood deve doar outros R$ 5 milhões para a Fiocruz, segundo Sabino.
com Filipe Oliveira e Mariana Grazini
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.