Barreira A pandemia interrompeu o avanço das pessoas com deficiência no mercado ao derrubar a oferta de novas vagas reservadas ao grupo no ano passado, segundo dados de sites para busca de trabalho e consultorias especializadas em oferecer treinamento e seleção. No site BNE (Banco Nacional de Empregos), foram ofertadas 5.403 posições em 2019, ante 2.222 no ano passado. No Vagas.com, o número de anúncios voltados a esses trabalhadores recuou de 10.064 para 5.410.
Freio A queda na oferta de vagas deve interromper o avanço que pessoas com deficiência vinham conquistando nos últimos anos. Análise do Dieese mostra que o número de trabalhadores do grupo no mercado formal cresceu 7,5% em 2019 e chegou a 523,4 mil.
Vazio Carolina Ignarra, da consultoria Talento Incluir, diz que a pandemia foi usada como pretexto para não cumprir a Lei de Cotas, que exige até 5% de pessoas com deficiência nas empresas. Ela lamenta que tenha sido necessária uma medida do Governo Federal para evitar demissões no grupo, o que indica pouca convicção de empregadores na importância da inclusão.
Cheio Apesar de ter registrado recuo de 5% na procura em 2020, a consultoria Page PCD diz que a qualidade das vagas melhorou. Enquanto as posições para auxiliar caíram de 27% para 13%, a busca por pessoas com deficiência para gerência ou níveis superiores saltou de 1% para 21%.
Flexível Jaques Haber, da consultoria iigual , diz que o recuo na busca por candidatos foi de 60% em 2020, mas a perspectiva é de recuperação. Um fator que deve ajudar, segundo ele, é o avanço do home office, que evita deslocamentos de quem tem dificuldade de locomoção e permite ao profissional trabalhar em um local ao qual ele está adaptado.
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