Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.

Bolsonaro levou ministro da Saúde a jantar com empresários

Vacinação está na pauta prioritária da elite do setor privado

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Horas antes do início do jantar de Bolsonaro com um grupo de grandes empresários nesta quarta (7), surgiu entre os convidados uma incerteza sobre a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no evento.

​Embora Bolsonaro tivesse feito um aceno positivo, prometendo chegar acompanhado de figuras ilustres como os ministros da Economia, da Infraestrutura e o presidente do Banco Central, o empresariado quer falar agora é com quem comanda a crise sanitária. E Queiroga foi ao evento.

Vacinação foi a palavra mais usada por alguns dos convidados quando questionados sobre qual seria o grande assunto do jantar. Parte deles citou o Orçamento, mas a maior preocupação é corrigir o atraso da imunização, que eles consideram o motivo do atoleiro econômico.

Outro comentário levantado com discrição por convidados antes do jantar era a dúvida se os protocolos de segurança seriam de fato respeitados na presença de Bolsonaro, que é avesso às precauções sanitárias.

Ministros Paulo Guedes e Marcelo Queiroga, lado a lado.
Jantar do Presidente Jair Bolsonaro com empresários na casa de Washington Cinel, na noite desta quarta-feira (7). Na foto, ministros Guedes e Queiroga. - Mathilde Missioneiro/Folhapress


Apesar da campanha levantada por empresários como Luciano Hang e Carlos Wizard para antecipar a imunização de funcionários, uma ideia que também é defendida pelo anfitrião do jantar, Washington Cinel, vários dos outros empresários do grupo descartam a hipótese. Dizem que é vã ilusão, porque não há vacina no mercado.

A interpretação comum entre eles é que o encontro com representantes da elite do PIB brasileiro nesta quarta foi marcado porque o presidente está com medo de ter perdido o apoio do empresariado, inclusive os bolsonaristas, e quer se reaproximar no momento de crise.

​A ala mais simpática a Bolsonaro saiu satisfeita do jantar. O ponto alto, dizem, foi a fala do presidente do Banco Central, que lhes deu sensação de responsabilidade fiscal. Já Bolsonaro, segundo eles, manteve os ataques ao lockdown, mas a favor de algum distanciamento.

com Filipe Oliveira e Andressa Motter

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.