O programa de trainees da L'Oréal Brasil no segundo semestre deste ano vai destinar ao menos 50% de suas vagas para profissionais negros, segundo Marcelo Zimet, presidente da empresa, que aderiu ao Mover (Movimento pela Equidade Racial), uma ação conjunta de mais de 40 companhias brasileiras e multinacionais com o objetivo de alcançar 10 mil posições de liderança ocupadas por pessoas negras nos próximos anos.
Na L'Oréal Brasil, a meta para 2025 é ter 30% das posições de liderança com equidade racial, o que significa duplicar a presença negra em relação ao cenário atual, segundo Zimet. A cada duas vagas abertas, uma delas será ocupada por pessoas negras.
No mercado de cosméticos e beleza, além de corrigir a distorção para replicar a representatividade da população brasileira dentro da equipe, a empresa também avança na adequação dos produtos, retirando de suas embalagens expressões como "branqueador" recentemente.
Helena Bertho, chefe de comunicação, diversidade e sustentabilidade de uma divisão chamada Grande Público, fala em três pilares divididos em pessoas, inovação e comunicação.
A área de pessoas trata de recrutamento, ambiente inclusivo e retenção de talentos, além de workshops obrigatórios sobre diversidade e inclusão para os funcionários de todos os níveis hierárquicos.
A parte de inovação estuda a oferta de diversidade no portfólio de produtos, enquanto a comunicação observa as representações sociais, segundo Bertho.
"Em uma empresa como a L'Oréal, que tem uma base forte de influenciadoras, quem são essas pessoas que estamos trazendo? Vai representar não só os valores das nossas marcas, mas também o país, para que os nossos consumidores se vejam", diz a executiva.
com Mariana Grazini e Andressa Motter
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