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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Guedes conseguiu acalmar os ânimos, diz empresário após se reunir com ministro

Gabriel Kanner, presidente do Brasil 200, afirma que Paulo Guedes que ficar mais próximo

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São Paulo

Em uma nova reunião com representantes de empresários em São Paulo nesta sexta (16), o ministro Paulo Guedes conseguiu agradar, segundo Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresários Brasil 200, que organizou o encontro.

"Falamos sobre PIS Cofins, ICMS, ISS, Imposto de Renda. Ele conseguiu acalmar um pouco os ânimos da turma. Garantiu que não vai ter aumento de arrecadação. Pelo contrário", disse Kanner, que é colunista da Folha.

O que agradou foi a disposição do ministro para ouvi-los. Segundo ele, Guedes disse que fará visitas semanais à capital paulista para se aproximar do empresariado e ouvir suas ideias sobre a reforma tributária.

Após a reunião, que durou cerca de duas horas, Kanner disse que o ministro pediu a formação de um grupo de trabalho para encaminhar as propostas.

"A proposta que o governo soltou do Imposto de Renda não era para ter sido desse jeito. Ele falou que as críticas foram positivas. Isso o ajuda a diminuir a carga tributária, porque esse projeto veio da Receita Federal, então, é óbvio que vai querer arrecadar mais", afirma o empresário.

Segundo ele, o ministro assistiu a uma apresentação do projeto chamado Simplifica Já, proposta que abrange ICMS, ISS e a desoneração da folha de salários.

Representantes do setor de comércio e serviços, que também participaram do encontro, saíram animados.

"Essa foi a segunda fatia [da reforma tributária do governo]. A primeira foi a do Pis Cofins, que a gente pontuou também que não tem como colocar uma alíquota de 12% como o governo estava querendo. Teria de baixar. Ele chegou a falar em uma alíquota de 8%, que já melhoraria bastante, mas o ideal seria colocar 4%, porque 12% seria muito danoso para o setor de serviços", diz Kanner.

Segundo ele, o ministro também conseguiu apaziguar na questão do Imposto de Renda. "Teve aquela gritaria logo quando eles lançaram. E hoje, na reunião, eu senti que o pessoal aceitou, que tudo bem. Vai ter que tributar dividendos, a gente vai ter uma compensação de Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Eu senti que esse ponto ficou bem resolvido para a maioria", afirma.

Para o presidente da Alshop (associação que reúne lojistas de shoppings), Nabil Sahyoun, a reunião foi excelente. "O ministro prometeu estudar os pedidos e deixou uma linha aberta com os secretários, para mantermos contato e buscarmos soluções", afirma.

João Diniz, presidente do Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços), também saiu da reunião dizendo que o ministro se mostrou aberto para analisar as propostas apresentadas no encontro e para fazer novas reuniões sobre a reforma tributária com os empresários.

“Também falamos de outro problema, que é a CBS com alíquota de 12%. Não tem como ficar assim. O ministro acenou um percentual menor que não sacrifique o setor de serviços”, afirma Diniz.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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