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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Voos domésticos recuperam 70% das viagens pré-pandemia, dizem empresas

Presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, atribui resultado ao avanço da vacinação

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São Paulo

Em um novo sinal de retomada, o mercado de aviação doméstica deu um salto em julho e atingiu quase 68% da malha de voos do pré-pandemia, ante 51% em junho. A alta surpreendeu o setor porque foi mais intensa do que o crescimento gradual que vinha registrando nos trajetos domésticos desde abril, quando girava e torno de 36% do patamar considerado normal antes da chegada do vírus no Brasil, segundo a Abear (associação do setor), que atribui o resultado ao avanço da vacinação.

"Os outros fatores que contribuíram também são consequência da vacinação. Por exemplo, as pessoas retomando viagens de lazer porque têm férias escolares também tem o impulso da vacina", diz Eduardo Sanovicz, presidente da Abear.

Segundo Sanovicz, o mercado de aviação identifica dois vetores e já vislumbra mudanças de comportamento do consumidor que devem permanecer no pós-pandemia. "Tem o público de lazer e tem um novo que é aquele que pode se deslocar ara trabalhar remotamente. É um viajante corporativo, mas é híbrido", afirma.

O setor acredita que o home office abre uma possibilidade de impulsionar as viagens nas férias escolares porque os pais poderão acompanhar os filhos ainda que eles próprios não esteja de férias.

"Há outra tendência de um público novo que vai repor aquele viajante puramente corporativo, que não vai voltar. A pessoa que pegava um avião para fazer uma viagem de quatro horas e voltar, agora, aprendeu a fazer isso por vídeo. Acredito que isso não volta, mas deve ser substituído por esse novo público que pode viajar meio home office. Com uma curiosidade interessante: esse público não vai ser sazonal", diz Sanovicz.

O presidente da Abear acredita que os próximos meses devem registrar novos crescimentos na média de voos, mas o que falta para completar o ciclo de retomada no mercado doméstico é o mercado de eventos corporativos. "Se não houver nenhuma complicação, os números vão continuar subindo. E vai se acelerar em direção ao 100% quando voltarem as feiras, congressos e convenções", afirma.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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