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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu Rússia

Clima é de paz, diz empresário brasileiro que se reúne com Bolsonaro na Rússia

Fernando Castro Marques, da farmacêutica União Química, não vê tensão sobre conflito com Ucrânia

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São Paulo

A tensão na fronteira da Ucrânia passou longe das preocupações do grupo de empresários brasileiros que viajou à Rússia nesta semana para acompanhar a agenda de Bolsonaro e se reunir com autoridades e representantes do empresariado local, segundo Fernando Castro Marques, presidente da União Química, que integra a comitiva.

"Não tem tensão nenhuma. Isso não existe. Está a maior tranquilidade. Não faz o menor sentido. É um clima de paz", disse o empresário ao Painel S.A..

Fernando de Castro Marques, presidente da União Química - Pedro Ladeira - 15.jan.2021/Folhapress


Na reunião dos empresários brasileiros e russos desta terça-feira (15), segundo Castro Marques, o assunto principal foi a intenção de elevar o intercâmbio comercial e industrial entre os dois países.

"Já existem acordos importantes entre Brasil e Rússia. O que se pretende fazer é ampliar os negócios. O presidente Bolsonaro não teve receio nenhum em vir para cá, até mesmo porque não tem por que ter receio. E para assinar e ampliar os negócios de interesse com o Brasil", diz.

Castro Marques afirma que a verdadeira preocupação do setor privado ainda é o custo do transporte.

"O que tem é o problema do encarecimento do frete, em função de aumento do petróleo, escassez de contêiner. Foi o que tratamos. Um problema que não é com essa parte do mundo especificamente. É com o mundo inteiro. Basicamente, isso é o problema de hoje. O resto, tudo flui bem, ampliando os embarques para o Brasil e tudo fluindo bem", afirma.

O empresário também afasta aborrecimentos em relação aos negócios que envolvem a vacina da União Química. A farmacêutica, que é responsável pela Sputnik no Brasil, teve contrato rompido com o governo brasileiro.

"Frustração zero. Até mesmo porque o nosso contrato era com a Sputnik importada. Nosso processo de produção verticalizado com transferência tecnológica da Rússia continua. E agora, nós ampliamos uma inspeção da Rússia para poder continuar fornecendo, produzindo Sputnik para atender diversas nações", diz.

Também participaram do encontro desta terça em Moscou o dono da Marfrig, Marcos Molina, e outros representantes de entidades setoriais de saúde e do agronegócio. De lá deve sair um documento com as prioridades do setor privado de Brasil e Rússia para a reunião com Bolsonaro.

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