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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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CPI sobre benefícios fiscais termina frustrada em São Paulo

Relator apresenta documento final após série de reuniões sem quórum

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São Paulo

A CPI dos Benefícios Fiscais da Alesp acaba sem ter de fato começado.

Nesta quarta (16), o deputado Caio França, relator da comissão criada para investigar a concessão de benefícios fiscais bilionários pelo estado de São Paulo, vai apresentar o documento final produzido nas reuniões de trabalho.

Pela constante falta de quórum mínimo, a CPI só conseguiu debater o tema das isenções fiscais, sem convocar ninguém.

Deputados estaduais presentes em mais uma reunião da CPI dos Benefícios Fiscais sem quórum
Deputados estaduais presentes em uma reunião da CPI dos Benefícios Fiscais sem quórum - Reprodução

O objetivo inicial era questionar dois secretários do governo Doria, o da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles, e a do Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

Paulo Fiorilo (PT-SP), presidente da comissão parlamentar, afirma que não aceita o boicote da base governista, a quem acusa de sabotar a investigação.

Para o deputado, as reuniões com especialistas feitas pelo grupo de trabalho deixaram claro que outros estados, como o Pará, têm uma política transparente sobre benefícios fiscais e que "São Paulo erra porque quer".

Fiorilo diz que ninguém é contra concessão de benefícios fiscais, mas falta ao estado informar quem os recebe, quanto, por quanto tempo e o retorno dessa iniciativa ao cidadão.

Além de Fiorilo e França, estiveram presentes nas reuniões ordinárias sem quórum e nas reuniões de trabalho os deputados Castello Branco e Edmir Chedid.

A CPI foi instalada com nove membros titulares e nove suplentes no final de 2021 para averiguar eventuais irregularidades na concessão de benefícios fiscais nos governos tucanos, que, segundo o PT, resultaram na renúncia de receita de mais de R$ 118 bilhões em dez anos.

Joana Cunha com Andressa Motter e Ana Paula Branco

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