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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu inflação juros

Febraban defende segurança institucional e serenidade em eleição

Isaac Sidney participou de evento com representantes dos 3 Poderes

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São Paulo

A Febraban fez um novo gesto para defender a democracia e a segurança institucional como condições fundamentais para manter os motores do crescimento no país, com geração de emprego e transferência de renda.

Isaac Sidney, que nesta sexta (19) discursou em um evento do qual também participaram representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pediu que as forças políticas deixem os ataques e ofensas de lado e se guiem pelo debate de ideias e propostas.

Isaac Sidney, presidente da Febraban, durante seminário em São Paulo
Isaac Sidney, presidente da Febraban, durante seminário em São Paulo - REUTERS - 12.ago.2022/ Carla Carniel

"Sabemos que eleições são disputadas entre opositores que antagonizam posições. Isso faz parte, mas faço uma ponderação: sejamos incansáveis em buscar serenidade de ânimos para evitar que a disputa democrática pelo voto se transforme em uma arena de ataques, ofensas e agressões pessoais e mútuas", disse no evento do grupo Esfera Brasil, em São Paulo.

Sidney também defendeu o peso do investimento privado e as condições que o favorecem. Ele afirma que o modelo de investimento do setor público dos anos 1980 se exauriu, e o país deve construir um novo modelo sob a liderança do capital privado, que precisa capitanear o processo de investimento, sobretudo nas áreas de infraestrutura.

"O poder público tem de atuar nas áreas essenciais, sociais, de saúde, fortalecer as agências reguladoras, digitalizar os serviços etc. Para isso, a gente precisa de uma reforma de estado que vai além de falar só de salário, funcionalismo, carreira. É a centralidade do cidadão, como no setor privado se tem a centralidade do consumidor", disse Sidney.

Ele também defendeu o equilíbrio fiscal.

"O estado pode, perfeitamente, ter essa centralidade, mas jamais abrindo mão de um equilíbrio do endividamento público. Essa discussão de acabar ou não com teto ou de ter ou não uma nova âncora fiscal me parece ser uma desculpa para não reconhecermos que temos problema de restrição fiscal. Qual é o tamanho do Orçamento? É esse. O resto vamos buscar por investimento. Se vai ter âncora ou não, fura teto, bota piso, sobe teto, isso não é relevante. O essencial é termos disciplina fiscal e mecanismo fiscal crível", disse.

É preciso dar segurança aos agentes econômicos, segundo ele. "O que a gente não pode é normalizar a surpresa institucional. Se tem pandemia, calamidade, pega 10% do Orçamento e canaliza para endereçar o problema. Agora, em situações de normalidade, que passamos a voltar a viver, eu acho que não há outro caminho, senão a disciplina fiscal de um lado e a busca por investimento privado do outro", diz.

Ele afirma que o aumento da participação do setor privado nos investimentos de longo prazo depende de fatores como ambiente de negócios e segurança institucional, estabilidade macroeconômica e funding de longo prazo, com mercado de capitais capaz de absorver investimentos altos e de longo prazo de maturação, já que o setor bancário tem restrições regulatórias de capital e liquidez que limitam sua participação em tais projetos.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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