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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Depois de levar palhaços em ônibus, empresas de fretados fazem novo protesto contra fiscalização

Abrafrec diz que Artesp faz perseguição; agência afirma que precisa cumprir as regras do setor

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São Paulo

Na disputa das empresas de ônibus regulares com as fretadoras pelo mercado de transporte coletivo de viagens, a Abrafrec (associação que representa empresas de fretamento) fez mais uma manifestação para reclamar da fiscalização da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) nesta terça (20).

O grupo levou um bolo de aniversário até a porta do órgão para dizer que completou um ano do que eles chamam de "perseguição" da fiscalização contra suas empresas.

Ônibus fretado circula pela faixa exclusiva nas ruas de São Paulo
As empresas de fretes estão reclamando da fiscalização feita pela Artesp - Ronny Santos - 11.ago.2016/ Folhapress

Há poucas semanas, a Abrafrec fez outro protesto, levando palhaços como passageiros em um ônibus abordado pelos fiscais. A Abrafrec diz que quer satirizar a situação e chamar atenção para a disputa. Segundo a associação, houve mais de 800 apreensões na frota dos fretadores e operadoras de turismo no último ano.

Ao Painel S.A., a Artesp afirma que tem dialogado com as empresas e cooperativas do chamado fretamento colaborativo, mas que as regras de segurança precisam ser cumpridas por todos os prestadores de serviço.

"A Artesp só pode homologar o que está previsto em lei e têm a obrigação de fiscalizar e coibir práticas de risco, como venda irregular de passagens individuais sem autorização e embarque e desembarque de passageiros fora dos terminais credenciados. O objetivo da agência é preservar a vida das pessoas que transitam nas rodovias paulistas. Quando passageiros de ônibus são transportados fora do sistema regular, estão sujeitos a embarcar em ônibus que não cumpriram vistorias técnicas e de segurança prévias estabelecidas pela legislação", diz o órgão.

O movimento se intensificou nos últimos meses, depois que as companhias que trabalham com fretamento se reuniram e formaram a Abrafrec para defender sua visão do mercado em meio à queda de braço com empresas tradicionais de ônibus que acusam as startups de fazer concorrência desleal e não seguir a regulação.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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