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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Empresas de SP alugaram três Maracanãs em escritórios

Taxa de ocupação aumentou e vacância caiu para 23,2% no terceiro trimestre deste ano; no mesmo período do ano passado, índice era 25,9%

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São Paulo

Mais empresas procuram prédios corporativos de alto padrão para alugar na capital paulista, o que fez o percentual de espaços disponíveis em relação ao total diminuir para 23,2% no terceiro trimestre deste ano. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 25,9%.

A melhora, no entanto, ainda reflete a paradeira das construtoras que, diante da retração do mercado, contiveram seus planos de lançamento de novos edifícios corporativos na capital devido à pandemia.

Dados da consultoria JLL, mostram que, no período considerado, a "absorção líquida" [de áreas em escritórios] foi de em 23,2 mil metros quadros –o equivalente a três campos do estádio do Maracanã.

Torres de escritórios corporativos do complexo Parque da Cidade no eixo Berrini-Chucri Zaidan - Eduardo Knapp-13.mar.21/Folhapress

O indicador, vale lembrar, é a diferença entre as devoluções de espaços e novas ocupações, uma espécie de saldo final. Entre o segundo trimestre de 2020 e o terceiro trimestre de 2021, esse indicador ficou negativo. Ou seja: houve mais devoluções do que ocupações de espaço.

Devido ao grande volume de entregas de edifícios na região da Berrini e da Chucri Zaidan, na zona Sul, há maior disponibilidade de escritórios –337,9 mil metros quadrados, o que torna as negociações muito mais favoráveis para os inquilinos.

Na Faria Lima, ocorre o contrário, porque a taxa de disponibilidade é 5,5%. Ou seja: as condições mais favoráveis estão do lado dos proprietários.

Novos empreendimentos

No relatório do terceiro trimestre, a consultoria Newmark –que monitora o mercado de construção de edifícios corporativos– afirma que a atividade construtiva nas regiões mais procuradas da capital pelas empresas segue em queda.

Essa tendência deve contribuir para uma redução mais rápida da oferta nos próximos meses, caso a demanda continue aquecida –o que acabará refletindo nos preços.

O estoque no trimestre foi de cerca de 7.000 metros quadrados, levando ao menor acúmulo (novos prédios e os que ainda estavam vagos) de espaço desde 2016.

Apesar do aquecimento na demanda, as consultorias do ramo registraram estabilidade nos preços por metro quadrado. Para a Newmark, está em R$ 88,27 por metro quadrado ao mês. A análise da JLL aponta R$ 89,6, e a Binswanger R$ 92,35.

Julio Wiziack (interino) com Fernanda Brigatti, Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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