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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu juros Selic

Montadoras veem seus bancos encolherem com pagamento à vista

Além de queda nas vendas, financiamentos com banco próprio encolhe devido ao juro elevado

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Rio de Janeiro

Os bancos de montadoras, braço financeiro muitas vezes decisivo para as vendas, estão em apuros. As compras de carros realizadas à vista atingiram 57% do total no acumulado até setembro.

Segundo a Anef, associação que representa essas instituições, no mesmo período do ano anterior, essa parcela representava 50% do total das vendas das montadoras.

Os bancos da Fiat, Honda e Toyota são alguns dos que relataram à associação um avanço na tendência de pagamento à vista na compra de carros.

Pátio tomado por carros novos.
Pátio da montadora Hyundai em São Paulo - Jorge Araujo - 5.jul.16/Folhapress

A escalada da taxa de juros é o fator decisivo para o recuo na preferência por financiamentos.

Com a Selic em 13,75% ao ano, as parcelas de um financiamento ficaram mais caras. A Selic é a taxa básica de juros, que serve de referência para empréstimos e aplicações financeiras.

Com o novo governo, a entidade espera uma redução da taxa de juros para o ano que vem.

Esse movimento de retração também se refletiu na liberação de recursos para os financiamentos pelos bancos das montadoras.

Até setembro, o montante liberado foi de R$ 144 bilhões, queda de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"A queda só não é tão grande porque agora você financia mais tempo e em mais valores. Meu tíquete médio é maior, porque o carro aumentou de preço e a pessoa financia por mais tempo", diz Paulo Henrique Noman, presidente da Anef.

Ainda de acordo com Noman, além da disparada da Selic –que hoje está no patamar mais alto em quase seis anos–, o baixo volume na venda de carros e a inadimplência também contaram para o quadro negativo do setor.

O acompanhamento da Anef revelou que, no acumulado até setembro, a inadimplência nos veículos adquiridos por pessoas físicas fechou em alta de 5,7%, ante 4,2% no mesmo período do ano passado.

Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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