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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Programa com apoio da ONU quer garantir 3.000 lideranças negras até 2030

Plataforma já tem 170 mil profissionais negros cadastrados e que poderão passar por processos seletivos

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São Paulo

A 99jobs colocou no ar plataforma que servirá de vitrine para o programa 10.000 Trainees Negros, que pretende, até 2030, incluir 3.000 profissionais negros em cargos de liderança em grande empresas que atuam no Brasil.

Em 2023, a expectativa de Eduardo Migliano, CEO da 99jobs, é conseguir intermediar 250 contratações por meio do programa. Numa etapa de aquecimento, 80 posições foram preenchidas ainda em 2022. A expectativa é escalar os números ano a ano, conforme mais empresas passem a participar e dar prioridade à redução das desigualdades em suas seleções.

A iniciativa é apoiada pelo Pacto Global da ONU no Brasil, dentro dos objetivos de desenvolvimentos sustentáveis (os ODS) definidos pela organização. Segundo Migliano, o pacto soube que a plataforma tinha um trabalho voltado para a redução das desigualdades nos processos seletivos e os convidou para liderar o programa.

Ilustração Gustavo Nascimento para o especial de Carreiras - Inclusão e Diversidade
Programa quer incentivar empresas a terem programas de liderança para profissionais negros - Gustavo Nascimento

As seleções vão usar o banco de talentos negros que vem sendo construído pela plataforma 99jobs nos últimos anos. As empresas poderão escolher entre dois tipos de processos seletivos, um exclusivo. A outra possibilidade será a organização de uma espécie de consórcio de companhias, por meio do qual as empresas fariam uma grande chamada para o programa.

Migliano diz que o diferencial deste para outras seleções específicas para profissionais negros é a inclusão de um programa de liderança, por meio do qual haverá encontros, discussões e o que a 99jobs está chamando de trilha de ancestralidade. "Até porque eles ainda vão trabalhar em organizações hegemonicamente brancas", diz.

As vagas selecionadas por meio programa não poderão ser nos segmentos de diversidade e inclusão das empresas. Migliano diz que a ideia é garantir que esses profissionais se tornem líderes e possam ascender em todas as áreas, e não somente naquela reservada ao tema nas companhias.

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