Apoiadores de Josué Gomes da Silva na Fiesp contestam a votação que decidiu destituí-lo do posto nesta segunda-feira (16). Afirmam que não tem validade jurídica porque foi feita após o fim da assembleia e que se trata de uma tentativa dos opositores de aparentar falta de comando na entidade para enfraquecer Josué.
Os votos foram dados depois da assembleia geral extraordinária convocada para tratar das queixas de sindicatos insatisfeitos com a gestão atual. Para opositores, no entanto, foi uma segunda assembleia, também oficial, que já estava anunciada desde o início da primeira.
Quem participou da reunião diz que foi conturbada. Quebra pau, vergonha e confusão foram alguns dos adjetivos usados para descrever o encontro entre os representantes industriais que começou às 14h30 e se arrastou até o anoitecer.
A Fiesp tem ao todo 116 sindicatos, dos quais 86 assinaram o pedido pela realização da plenária. Dentre os que ficaram de fora, alguns dizem apoiar Josué, outros reclamam de sua gestão, mas discordam da maneira como o caso tem sido tratado e preferem se distanciar do tumulto.
Votaram pela destituição representantes de 47 sindicatos, 2 se abstiveram e 1 votou contra, totalizando 50 votos. No início da reunião, havia 89 delegados de 80 sindicatos.
Apoiadores de Josué afirmam que ele já havia encerrado a reunião e deixado o local quando o grupo de opositores abriu a nova votação.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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