Uma das grandes defensoras de uma revisão na política de preços da Petrobras, a Abear (que reúne empresas como Latam, Gol e Voepass) diz que já tem estudos prontos sobre o assunto e pretende levar a Jean Paul Prates, indicado para comandar a estatal.
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, vem repetindo o discurso a favor da mudança na paridade internacional desde o ano passado, mas ressalva que "mesmo sob o regime da paridade, há espaço para debater a política de precificação de QAV", o combustível de avião.
"Temos as melhores expectativas em relação ao senador Prates. Ele foi o relator de projetos que envolvem o setor e ao longo do seu mandato manteve diálogo constante conosco. Estamos ansiosos para trabalhar com ele nos temas ligados a combustível", diz Sanovicz.
A Petrobras começou o ano, na segunda-feira, anunciando um corte médio de 11,6% no preço do combustível de avião para as distribuidoras —uma notícia que pode pressionar o mercado de aviação a baixar o valor das passagens—, mas a Abear rebateu o comunicado dizendo que a medida é insuficiente para cobrir a alta do produto nos últimos anos.
As variações no preço do combustível costumam ser sentidas rapidamente pelo consumidor final porque o QAV equivale a cerca de 40% dos custos das companhias aéreas.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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