A expectativa pelo pacote de ajuste fiscal anunciado pelo governo nesta quinta (12) reacendeu a queda de braço no debate tributário entre os representantes da indústria e dos serviços.
Antes do anúncio, enquanto ainda circulava a hipótese de uma revogação no corte do IPI, setores da indústria argumentavam que os mais pobres consomem menos serviços que os ricos e são mais prejudicados quando se elevam os tributos sobre os produtos.
A Cebrasse (que representa o setor de serviços), por sua vez, rebate dizendo que é um erro restringir a conversa à tributação sobre o consumo. "Sobre consumo tem IPI, ICMS PIS, Cofins e ISS. Mas temos outros tributos como INSS, sobre a folha", afirma a Cebrasse.
O diretor técnico da Cebrasse, Jorge Segeti, afirma que o maior custo do setor de serviços é a mão de obra, que tem alta carga tributária. "Diferentemente da indústria, que trocou a sua mão de obra por processos mais automatizados com máquinas, nosso setor vem garantindo os empregos do país", afirma.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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