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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu indústria

Industriais que se reuniam com Paulo Guedes todo mês têm 1º encontro com Haddad

Coalizão Indústria levou ao ministro uma projeção de investimento de R$ 459 bi até 2026

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São Paulo

A chamada Coalizão Indústria, grupo que reúne os representantes de 14 setores industriais e fazia encontros mensais ou até quinzenais com o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, na gestão Bolsonaro, se reuniu pela primeira vez com o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta sexta-feira (17). Ficou uma expectativa de que os encontros periódicos serão mantidos durante o governo petista.

O grupo, formado por entidades como Abiplast, Abimaq, Aço Brasil, Eletros e Abrinq, levou ao governo uma previsão de investimentos em torno de R$ 459 bilhões pelos setores da Coalizão entre 2023 a 2026. A projeção abrange R$ 120 bilhões pela indústria de alimentos, R$ 75 bilhões do setor de máquinas e equipamentos e R$ 64 pela indústria da transformação do plástico entre as previsões de maior volume.

No encontro, o grupo também apresentou sua pauta com temas prioritários como custo Brasil, reforma tributária, retomada do crescimento econômico, investimentos, exportações e mudanças climáticas, segundo participantes. Marco Polo de Mello Lopes, que coordena a Coalizão, avalia que Haddad manifestou abertura ao diálogo.

Nas reivindicações para o comércio exterior, citaram dificuldade de financiamento às exportações e seguro de crédito para exportação. Também foi levada pelo grupo a questão do aumento do tempo de recolhimento de impostos, para torná-lo compatível com o recebimento das faturas, tema que deve ter continuidade com a Receita Federal.

O ministro Fernando Haddad em jantar promovido pelo Grupo Esfera
O ministro Fernando Haddad em jantar promovido pelo Grupo Esfera - Jefferson D. Modesto - 15.fev.2023/Divulgação

"É preciso estancar os R$ 23 bilhões que o setor produtivo paga de juros aos bancos para tomar dinheiro para recolher os tributos do governo, em função do descasamento entre o dia de recebimento das vendas das fábricas e o dia de recolher cada tributo federal, estimando ente 30 e 50 dias", diz Synesio Batista, presidente da Abrinq.

"Saí otimista de que o governo vai dar uma atenção especial para a indústria, que a questão da reindustrialização é para valer e que eles estão muito bem intencionados no sentido de fazer uma agenda de competitividade", diz José Velloso, presidente da Abimaq.

"Estabelecer um cronograma de discussões para destravar investimentos e aumentar a competitividade da indústria foi a pauta da reunião com o ministro Haddad e secretários", afirma Ricardo Roriz, presidente da Abiplast.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

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