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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu ifood

Procon de João Pessoa aponta venda casada no iFood, e associação de restaurantes comemora

Empresa diz que não foi notificada e defende cobrança de pedido mínimo para dar equilíbrio econômico ao serviço

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São Paulo

Uma autuação divulgada nesta semana pelo Procon de João Pessoa ao iFood por cobrança de consumo mínimo nas compras feitas pelo app deve abrir uma nova frente de discórdia com a Abrasel nacional (associação de bares e restaurantes).

Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, diz que comemora a medida do Procon porque ela pode ajudar a dar clareza nos custos do frete para o mercado. "O consumidor brasileiro embarca muito naquela ideia de entrega grátis, ou seja, ele acredita que não está pagando pelo frete quando recebe um preço único, mas não existe frete grátis, e o setor precisa dar transparência", diz.

O iFood, por sua vez, diz que não há determinação expressa ou proibição sobre a fixação de preço mínimo para a realização de pedidos por meio de plataformas de intermediação, como é o caso dos apps de delivery, "não sendo cabível o argumento de prática de venda casada na plataforma", segundo a empresa.

"A prática do pedido mínimo tem causa justa, sendo adotada para que haja o equilíbrio econômico entre as partes envolvidas na operação: estabelecimentos parceiros, consumidores, entregadores independentes e iFood, visando ao não prejuízo de nenhuma das partes", diz a empresa.

O Procon aponta venda casada e diz que a prática "infringe a liberdade de escolha do consumidor decorrente da imposição de um produto ou serviço secundário para ter acesso ao produto principal". Segundo o órgão, a multa pode alcançar R$ 3 milhões.

O iFood afirma que não foi notificado, mas diz estar à disposição para prestar esclarecimentos ao órgão.

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

Motoboys de aplicativos circulam pelas ruas de São Paulo
Motoboys de aplicativos circulam pelas ruas de São Paulo - Karime Xavier - 03.abr.2020/Folhapress

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