Os defensores da volta da CPMF, que ganharam atenção nas discussões da reforma tributária durante o governo Bolsonaro, ainda avaliam que a proposta não está morta.
A ideia de criar uma contribuição previdenciária sobre movimentação financeira para desonerar a folha de pagamento ganhou espaço no debate até o ano passado porque tinha o apoio do ex-ministro Paulo Guedes, mas perdeu temperatura com o fim do governo.
Luigi Nese, presidente da CNS (Confederação Nacional dos Serviços) e um dos maiores defensores da medida, afirma que o Congresso novo ainda não conhece sua defesa da CPMF, mas a associação vai insistir na proposta.
"Estamos fazendo o esforço no Congresso. Criamos uma frente parlamentar pela desoneração da folha de pagamento. Essa frente foi constituída [em 2021] e agora estamos reconstituindo para poder apresentar uma PEC. Esse é o novo objetivo", diz Nese.
A ideia de alargar a base tributária é o principal argumento da CNS.
"A base tributária sobre folha de pagamento ou sobre faturamento que hoje existe para financiar a Previdência não é base suportável para resolver o déficit da Previdência, enquanto que na contribuição sobre movimentação financeira é possível fazer isso para que toda a sociedade pague", afirma.
Joana Cunha com Fernanda Brigatti
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