Depois de receber os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Eduardo Leite (RS), no Favela Power, encontro anual que reúne mil lideranças de 6.000 favelas brasileiras, a Gerando Falcões planeja expandir as parcerias com outros governos estaduais.
Além dos protocolos de intenções assinados nesta semana com SP e RS para incorporar ações da Gerando Falcões às políticas públicas estaduais, Edu Lyra, fundador da ONG, afirma que já abriu diálogo com os governos de Pernambuco, Ceará e Goiás.
"Essa foi a terceira edição do Favela Power, que é um evento com o nosso público interno das lideranças das favelas, mas queremos transformá-lo em um palco para assinar acordos com os governos. Começamos por SP e RS como vitrine pela capacidade de recursos e execução, mas a intenção é expandir", diz Lyra.
Ele afirma que a ideia é dar escala à experiência da Gerando Falcões para tornar as políticas públicas mais adequadas do ponto de vista dos oito vetores priorizados pela ONG: moradia digna, urbanismo, saúde, educação, cultura de paz, empoderamento feminino, capacitação e geração de renda.
"São os governos entendendo que a favela pode demandar suas próprias políticas públicas. Não faz o menor sentido um grupo dentro de um gabinete, desconectado da ponta, criar uma política pública. Não muda a vida de ninguém. Aqui está a representação da ponta realmente falando para os governos", afirma.
Segundo Lyra, o movimento pode atrair governo federal, municípios e os esforços de ESG do setor privado.
"Também queremos ir além da Gerando Falcões e ter muitas outras ONGs na execução para replicar o Favela 3D. Nós vamos doar todo o software, sistema de digitalização e gestão do conhecimento", afirma.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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