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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Presidente do TCU deve decidir futuro de mandatos em agências reguladoras

Até o momento, votos dos ministros preveem empate sobre prazo de cinco anos para presidente da Anatel; decisão valerá para demais agências

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Brasília

Caberá ao presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, desempatar o julgamento desta quarta (16) sobre o impasse em torno do mandato do presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Carlos Baigorri.

No centro da discussão estão os limites da nova lei das agências, aprovada em 2019, e que desvinculou o mandato dos integrantes dos conselhos do mandato de presidente da agência.

O presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri
O presidente da Anatel, Carlos Manuel Baigorri - Valter Campanato - 25.abr.2023/Agência Brasil

Baigorri já era integrante do conselho da Anatel quando foi nomeado por Jair Bolsonaro, em 2022, para a presidência do órgão.

Pela lei antiga, ele teria direito a mais dois anos e oito meses na presidência da agência, tempo restante de seu mandato como conselheiro. Com a lei nova, ganhou um mandato de cinco anos.

À época, a própria área técnica do TCU fez uma representação à corte de contas em que defendeu posição contrária ao prazo de cinco anos.

O argumento foi o de que a nova lei somente definiu um prazo (cinco anos) para o mandato de presidente. E que, no caso de integrantes do conselho que assumem o posto, o prazo continuaria sendo o remanescente.

Isso seria uma forma de evitar o que a própria lei prega: a independência do presidente da Anatel —e de qualquer outra agência— em relação ao governo, seja o ministério a que o órgão está vinculado ou o Palácio do Planalto.

O Palácio do Planalto aguarda a decisão do TCU e torce para que o mandato de cinco anos seja derrubado, forma de promover a troca do comando de ao menos três agências reguladoras: Anatel (telecomunicações), ANTT (transportes terrestres) e Aneel (energia elétrica).

O ministro Walton Alencar é o relator do caso e deve acompanhar a área técnica, que recomendou o veto ao mandato de cinco anos.

No momento, o ministro Jorge Oliveira prepara um voto revisor, que deve ser acompanhado por Jonathan de Jesus. Os ministros Augusto Nardes e Aroldo Cedraz sinalizaram para técnicos envolvidos nas discussões que podem acompanhar esse voto. Portanto, caberá ao presidente, Bruno Dantas, desempatar caso se confirme a previsão até o momento. As discussões continuam, segundo assessores e ministros ouvidos pela coluna.

Com Diego Felix

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