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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Associação chama Haddad para liberar cannabis retida pela Receita Federal

OUTRO LADO: Fiscais afirmam que têm um volume grande demais para verificar e que retenção se refere a 11 importadores

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São Paulo

A Abicann (Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis) reclamou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que a Receita Federal, órgão vinculado à pasta, impôs à importação dos medicamentos à base de cannabis uma fiscalização "acima do normal", o que está prejudicando pacientes.

A associação afirma que os fiscais criam mais dificuldades no aeroporto de Guarulhos (SP), mesmo verificando que os produtos estão acompanhados de receitas médicas e autorização da Anvisa.

Frasco de óleo com conta-gotas sobre folha de maconha
CBD, ou canabidiol, é apenas uma entre centenas de substâncias derivadas da maconha - Divulgação/Unsplash

Em ofício enviado ao ministério no fim de agosto, a Abicann pede providências e afirma que os derivados de cannabidiol e THC (tetrahidrocanabidiol) ainda estavam retidos nos postos da Receita mesmo após manifestação da Anvisa pela liberação dos produtos.

Naquele momento, pacientes já aguardavam a chegada dos compostos desde maio, situação que coloca em risco o tratamento, segundo a associação

"As exigências determinadas pelos fiscais da Receita Federal não se atêm à possíveis irregularidades fiscais, mas, extrapolando suas competências, arguem, por exemplo, sobre a quantidade de frascos importados por paciente, ou diferença do pagador do medicamento e seu recebedor no Brasil", escreve Thiago Ermano Jorge, diretor-presidente da Abicann.

Em nota, o Ministério da Fazenda disse que a associação foi recebida nesta segunda (11) pelo secretário da Receita Federal, o superintendente do órgão em São Paulo e os responsáveis pela aduana de Guarulhos.

A Receita explicou que atende a mais de 65 mil CPFs relacionados à importação de derivados de cannabis com valor médio de US$ 481,95 e que o problema relatado se restringe a 11 CPFs. Cada um deles teria importado mais de US$ 40 mil entre janeiro e agosto deste ano.

Disse também que não há dificuldade em se liberar rapidamente a importação na quase totalidade de casos e que para assuntos de urgência é disponibilizado um canal direto para solução imediata.

Ainda de acordo com o Ministério, os envolvidos no caso foram intimados a prestar esclarecimentos.

Com Diego Felix

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