A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anuncia nesta sexta-feira (22) a incorporação da pretomanida à lista de remédios do SUS (Sistema Único de Saúde) no combate à tuberculose. O medicamento reduz o tempo de tratamento dos pacientes em 70%, podendo gerar uma economia de R$ 100 milhões aos cofres públicos nos próximos cinco anos.
O anúncio será feito pela ministra durante encontros paralelos à Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA). A publicação da portaria com a incorporação do medicamento ao sistema público de saúde também está prevista para o Diário Oficial da União desta sexta.
A estimativa do Ministério da Saúde é a de que a duração do tratamento caia de 18 meses para seis meses. Os principais beneficiados pelo uso da pretomanida são pacientes com tuberculose resistente às opções terapêuticas que já vinham sendo disponibilizadas na rede pública de saúde.
São pessoas diagnosticadas com tuberculose resistente à rifampicina (TB RR), a multidrogarresistente (TB MDR) e a pré-extensivamente resistente a medicamentos (TB pré-XDR).
"Estamos atuando de forma vigorosa no combate à tuberculose e outras doenças com determinantes sociais. Por isso, traçamos novas cooperações que apoiem o Brasil e outros países a erradicar esses males", disse a ministra em nota.
Segundo a pasta, por ano, a tuberculose afeta cerca de 80 mil pessoas no Brasil —um dos maiores índices do mundo, de acordo com a OMS— e a estimativa é de que mais de 5,5 mil pessoas morram devido à doença. Em 2022, 770 novos casos de tuberculose resistente a medicamentos foram diagnosticados no SUS.
Com Diego Felix
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