O corte na Selic (taxa básica de juros) de 12,75% para 12,25% ao ano reduziu a dívida bruta das empresas listadas na B3 em, ao menos, R$ 2,4 bilhões. No total, hoje elas devem R$ 1 trilhão.
O levantamento, feito pelo consultor Einar Rivero a pedido do Painel S.A., considerou somente debêntures (títulos privados emitidos pelas companhias), que correspondem, em média, a 47% da dívida bruta total dessas companhias.
O corte de 0,5 ponto percentual da Selic ocorreu na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central no início deste mês.
Com a taxa atual, a Localiza foi a que mais se beneficiou –R$ 146 milhões de redução em sua dívida. No total, as debêntures representam 79% da dívida total do grupo de aluguel e venda de veículos.
As dez maiores emissoras ganharam, juntas, um fôlego de R$ 960 milhões com o corte na Selic. Deste grupo, sete são concessionárias. São elas: Equatorial, Energisa, Eneva e CPFL (energia); CCR e Ecorodovias (rodovias); e Simpar (saneamento, entre outros ramos).
Na Eletrobras, companhia de energia recém-privatizada, o ganho foi de R$ 109,3 milhões. Na rede de supermercados Assaí, ele foi de R$ 61,5 milhões.
Os dados foram compilados a partir do balanço das 157 companhias abertas com ações negociadas. Juntas, elas devem R$ 1 trilhão e, desse total, 47% são debêntures (R$ 486,7 bilhões). A maior parte desses papéis (R$ 399 bilhões) é de longo prazo (mais de um ano).
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