Integrante da comitiva do presidente Lula a Minas Gerais, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG) fez duras críticas ao governador Romeu Zema (Novo) em sua própria "casa".
Presente ao evento, Zema ouviu Silveira mencionar que Lula dará solução para a dívida pública do estado que, nos últimos cinco anos (leia-se: na gestão Zema), cresceu 50%.
"Nesses mesmos cinco anos, nenhum centavo dessa dívida foi pago à União. Triste realidade. Ainda bem que vamos encontrar uma solução para essa calamidade, graças à liderança, sensibilidade humana e política, como do senhor, hoje na Presidência da República", disse Silveira na frente de Zema.
Como noticiou o Painel S.A., o governador foi obrigado a se sentar à mesa de negociação com o governo federal para federalizar a Cemig e outras estatais como forma de amortizar o principal da dívida.
O plano de Zema, segundo pessoas que participaram das negociações, era pagar somente o serviço da dívida (juros).
Essa solução, no entanto, o fragiliza politicamente em seu reduto eleitoral para as próximas eleições.
A solução para a dívida do estado, no entanto, passa pelas mãos de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, que, até o momento, é o nome preferido de Lula para disputar o governo de Minas Gerais nas próximas eleições.
Assessores do Planalto afirmam que um dos motivos da visita de Lula ao estado foi dar o pontapé inicial a uma estratégia de apoio a uma possível candidatura de Pacheco.
Dizem que, como pretexto, Silveira anunciou R$ 121 bilhões em investimentos do PAC no estado, especialmente em regiões mais pobres, como no Jequitinhonha, um reduto petista. Ao menos R$ 50 bilhões serão destinados a projetos de transição energética.
Com Diego Felix
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