Painel S.A.

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel S.A.
Descrição de chapéu inflação

Irmãos disputam herança do fundador da Casas Bahia nos EUA

Saul Klein obteve decisão favorável para buscar supostos bens do espólio em empresas de Michael e seus filhos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

Maior litígio sucessório em curso, a briga entre os irmãos Saul e Michael Klein, herdeiros da Casas Bahia, foi parar nos EUA.

Após diversas tentativas frustradas, Saul conseguiu uma decisão favorável em uma ação movida em Delaware (EUA) para obter informações a respeito de empresas que suspeita terem escondido patrimônio da família.

No pedido, foram incluídas dezenas de empresas de Michael, e dos filhos mais velhos dele –Raphael Klein e Natalie Klein.

0
O empresário Saul Klein, um dos herdeiros da Casas Bahia - 14.set.2012-Leticia Moreira/Folhapress

O objetivo de Saul com esses procedimentos é descobrir se, eventualmente, existem bens e direitos relacionados ao espólio do pai —Samuel Klein— que teriam sido deixados de fora da herança, tendo sido destinados a essas empresas antes ou depois da morte do fundador da Casas Bahia.

Na petição, Saul considera que existem diversos indícios de que o patrimônio declarado no plano de partilha do pai não estaria completo.

Esta é a segunda tentativa nos EUA para obter provas de que houve desvio de bens da herança. No Brasil, Saul também ingressou com ações dessa natureza.

Em todas elas, Michael apresentou resistência em fornecer informações a respeito das empresas.

Após a morte do patriarca, em novembro de 2014, Michael se tornou inventariante do espólio do pai, uma fortuna declarada de R$ 500 milhões. No entanto, para os advogados de Saul, o patrimônio de Samuel Klein era, pelo menos, cinco vezes maior à época.

Essa estimativa se dá a partir das movimentações das cerca de 30 empresas vinculadas à família Klein nos EUA, em nome de Samuel e dos netos Raphael e Natalie, que não foram incluídas no espólio.

Em algumas dessas empresas foram identificadas transações de compra e venda de imóveis naquele país, em novembro de 2014, quando o patriarca morreu, e abril do ano seguinte da ordem de US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).

Consultados, os irmãos não quiseram se manifestar.

Com Diego Felix

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.