A Recovery, empresa do grupo Itaú especializada na cobrança de dívidas, calcula que esse mercado vai destravar com a nova portaria do Desenrola. A expectativa é que o programa injete mais de R$ 1 bilhão em créditos para cessão.
Atualmente, cerca de 80 instituições financeiras operam com a compra e venda dessas dívidas em atraso, a chamada cessão de crédito (ou de carteira).
Prorrogado até março, o Desenrola permite renegociação de dívidas de até R$ 5 mil para os brasileiros inscritos no CadÚnico com rendimento mensal de até dois salários mínimos.
Honradas as garantias dadas pelo FGO (Fundo de Garantia de Operações), os agentes financeiros deverão publicar, em até oito meses, o edital de convocação de interessados para participação da oferta pública de cessão dos créditos do programa.
A Recovery estima que esses créditos devem girar em torno de R$ 1 bilhão, o que aquecerá ainda mais o mercado de cessão.
Em 2023, foram R$ 34 bilhões em operações de venda de carteiras inadimplentes. Para 2024, a expectativa é atingir R$ 53 bilhões.
"A cessão de créditos de dívidas inadimplentes funciona como uma alavanca para as empresas", diz Bruno Russo, Diretor Comercial e de Tecnologia da Recovery.
"É uma forma de antecipar caixa, transformando o crédito, antes congelado no balanço, em investimento ou capital de giro. Ajudamos a economia na medida em que trazemos liquidez para empresas de diversos setores. Além disso, procuramos ajudar também o cliente devedor, oferecendo ofertas e condições de negociação que caibam no seu bolso."
Com Diego Felix
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.