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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu indústria

Energia: pequenos negócios já representam 70% das adesões ao mercado livre

Sob nova regra no setor, empresas de pequeno e médio porte de São Paulo lideram ingressos no ambiente de preço sem regulação

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São Paulo

Sete em dez novos entrantes do mercado livre de energia são empresas de pequeno e médio porte. Nesse segmento, os preços são negociados livremente entre compradores e vendedores.

No total, 5.363 novos clientes migraram para o mercado livre no primeiro trimestre deste ano. Em março, dos 1.494 clientes, 69% eram empresas beneficiadas pela portaria, que permitiu o ingresso das companhias menos intensivas no consumo de energia. Os dados são CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).

Funcionários de uma empresa de aços inoxidáveis especiais de São Paulo - Jardiel Carvalho - 10.nov.23Folhapress

Os setores que mais registraram migrações foram comércio, serviços, manufaturados, alimentícios e minerais não-metálicos.

São Paulo lidera entre os estados com novos clientes (1.734 empresas), seguido por Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.

Segundo o balanço da CCEE, o volume de novos clientes já representa 72% do total de empresas que migraram em 2023 e já ultrapassa os dados de 2022.

"Mais de 18 mil consumidores já informaram à Agência Nacional de Energia Elétrica sobre o desejo de migrar para o mercado livre ao longo do ano de 2024. Também já existem 560 pedidos de encerramento de contrato com a distribuidora para 2025", disse a CCEE em nota.

Esse movimento ocorre por força de uma portaria do governo Jair Bolsonaro de 2022 que entrou em vigor em janeiro deste ano.

Antes, só podiam contratar energia diretamente empresas de alta e média tensão, com conta de luz acima de R$ 140 mil e consumo superior a 500 kilowatts. Com a portaria, podem ingressar empresas com conta de luz acima de R$ 9.000 e demanda inferior a 500 kilowatts.

Consumo geral

No primeiro trimestre, o consumo de energia no ACL (ambiente de contratação livre) foi de 26 mil MW (megawatts) médios, cerca de 7,6% maior que o registrado no mesmo período de 2023.

No primeiro trimestre, os setores que mais consumiram energia foram o de metal e produção de metal, com 5.959 MW, seguido da indústria alimentícia (2.880 MW), serviços (2.370 MW), Químicos (2.268 MW), minerais não metálicos e manufaturados diversos.

Segundo o CCEE, o ACL representou 37,1% do consumo de energia registrado pelo SIN (Sistema Interligado Nacional) nos primeiro trimestre.

Com Diego Felix

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