A edição deste ano do Fórum Latino-Americano de Investimento de Impacto (FLII) acontece no final de fevereiro no México. O Brasil se prepara para desempenhar papel de destaque nesse evento crucial para o setor de investimento de impacto na América Latina.
Desde sua criação, em 2011, o FLII tem sido ponto de encontro para investidores, empreendedores e outros atores comprometidos em mobilizar capital para gerar impacto positivo na região.
Com o Brasil ocupando a presidência do G20 e se preparando para sediar a COP 30, surge a oportunidade inédita de evidenciar organizações, histórias inspiradoras e casos de sucesso do setor.
No FLII, o país contará com comitiva sem precedentes, composta por mais de dez líderes proeminentes do ecossistema de impacto nacional. Gente como Adriana Barbosa, CEO da PretaHub, Ahmad El Jurdi, da Lightrock, e Cristina Penteado, da Blue Like an Orange.Também participarão Daniel Izzo, da Vox Capital, Itali Collini, da Potencia Ventures, Jéssica Silva, do BlackWin, Lucas Conrado, do Estímulo 2020, Lucas Ramalho, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Marcel Fukayama, da Din4mo, e Rodrigo Horpaczky, da Artemisia.
Antes mesmo do início do evento, a Aliança pelo Impacto promoveu discussões com atores do ecossistema para garantir uma mensagem coesa entre os brasileiros que lá estarão. Um dos tópicos abordados foi a maturidade da economia de impacto no Brasil. Os participantes debateram, ainda, estratégias de políticas públicas e o papel das agências reguladoras.
Receberam destaque iniciativas como a obrigação futura da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de divulgar relatórios de sustentabilidade baseados nos padrões internacionais do ISSB (International Sustainability Standards Board) a partir de 2026 e os avanços na regulamentação do mercado de carbono.
Além disso, debateu-se a necessidade de reconhecer o alto nível de inovação presente no Brasil, com iniciativas como o Laboratório de Inovação Financeira da CVM e os esforços do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar soluções alinhadas com a Agenda 2030 da ONU.
Casos de sucesso em investimento de impacto também estão sendo evidenciados, demonstrando a diversidade de fundos e instrumentos financeiros disponíveis no país. Mais de 19 instituições foram mapeadas no site investircomimpacto.org.br
É crucial aproveitarmos essa oportunidade única de posicionar o Brasil como um dos protagonistas na agenda global de impacto, destacando a relevância da participação do Sul Global nessa construção.
Marcos como esse oferecem uma plataforma para o país demonstrar seu compromisso com soluções socioambientais e para se posicionar como uma das lideranças da agenda.
À medida que nos preparamos para o FLII 2024, fica evidente que o Brasil está pronto para assumir papel de destaque e de colaboração na economia de impacto na América Latina e no mundo. A participação ativa de diversas organizações representativas do setor demonstra o compromisso do país em impulsionar mudanças positivas.
Estamos ansiosos para ver como o Brasil continuará a colaborar com a economia de impacto no país e no exterior.
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