Chico Felitti nasceu em São Paulo, mas foi criado alhures. Nos últimos dez anos vem correndo atrás do tempo perdido e buscando os segredos da cidade.
Berço da moda nos anos 90, Mercado Mundo Mix volta focado em comida
Vinte e dois anos após lançar estilistas como Alexandre Herchcovitch, o Mercado Mundo Mix volta mais preocupado com comida do que com roupa.
O evento, que foi uma das primeiras feiras colaborativas da cidade, retorna à Barra Funda, onde nasceu, com um terço de seus expositores vendendo comida.
"Vinte anos atrás, o cara queria ser estilista. Hoje ele quer ser cozinheiro", diz Beto Lago, fundador do MMM, que rodou por mais de 20 cidades brasileiras e teve edição europeia por uma década. Os donos de food truck são inclusive chamados de "criadores" nesta edição, que terá 15 produtores locais de cerveja e "junk food" vegana (que não utiliza nenhum tipo de produto de origem animal).
Estilistas que saíram da feira alternativa fundaram marcas famosas e as venderam, como Herchcovitch e Marcelo Sommer, não estarão no revival. "Eu poderia ser saudosista, mas esse seria o caminho mais fácil", diz Lago.
A música eletrônica servirá a quem busca o evento por nostalgia. Tocarão DJs clássicos dos anos 1990: André Meyer, Andy, Mau Mau e Magal. Haverá ainda um acervo de roupas "clubber", de duas décadas atrás, à venda.
O evento renascerá gratuito, fruto de uma parceria de Lago com as casas noturnas Villa Country, Espaço das Américas e Áudio Club, que juntas formam um paredão da diversão próximo à estação Barra Funda do metrô.
A primeira de seis edições do MMM paulistano acontece das 12h às 22h de 9 e 19 de abril, na avenida Francisco Matarazzo 694.
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A DAMA DE FERRO TOMA UMA LAVADA
Adriano Vizoni/Folhapress | ||
A banda inglesa Iron Maiden durante show no estadio Allianz Park |
Durante sua passagem paulistana, na semana passada, alguns dos integrantes do Iron Maiden botaram o exercício em dia. O baixista sexagenário Steve Harris se arriscou em uma pelada no Clube Atlético São Paulo, na Consolação. Os gringos jogaram com uma camiseta que levava o nome da banda de rock. Perderam para o time da casa.
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MAGRELAS COMO UM GIACOMETTI
O prédio da Bienal, no parque Ibirapuera, e a Pinacoteca do Estado, na Luz, ganham nesta semana bicicletários com ares de arte. A feira SP-Arte convidou a marca de design OVO para criar um misto de banco e estacionamento de magrelas metálico, desenvolvido com a Mekal.
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A FRENTISTA GATA
Peça para Chirlaine Camilo Campos Lima, 31, encher o tanque. Mas não encha o saco da frentista pernambucana com cantada barata. Conhecida como Lelela no posto onde trabalha, em Higienópolis, ela aprendeu em oito anos de ofício a amar (e consertar) possantes.
luisadorr/Folhapress | ||
Chirlaine Camilo Campos Lima, 31 trabalha no posto onde trabalha |
Recebe muita cantada?
Ah, recebo bastante. Eu fico meio tímida
Tem coisa de mau gosto?
Já ouvi várias coisas chatas. Chamar de gostosa, por exemplo. Não gosto. Mas também não peço ajuda para lidar com isso. Consigo me virar sozinha sem ser grosseira.
Livraria da Folha
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