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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Descrição de chapéu Campeonato Paulista

Palmeiras e o vírus da Fifa após a seleção

Água Santa não aproveitou todas as oportunidades que o time alviverde ofereceu e poderia ter ganhado por mais

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O jogo dos sete erros do Palmeiras coincide com o retorno de Gustavo Gómez, Piquerez, Weverton, Raphael Veiga e Rony das seleções nacionais. O que os espanhóis se acostumaram a chamar de vírus Fifa teve sempre relação com as lesões no retorno da "data Fifa", mas também com o período sem treinos em conjunto.

O Água Santa não aproveitou todas as oportunidades que o Palmeiras ofereceu.

Reginaldo celebra a vitória do Água Santa, que poderia ter sido maior na Arena Barueri; o Palmeiras ofereceu muitas chances ao adversário - Ronny Santos/Folhapress

Os erros não foram especificamente dos selecionáveis. Zé Rafael deu de presente o contra-ataque com que Lucas Tocantins quase fez 1 a 0 e ganhou o escanteio que deu origem ao gol de Bruno Mezenga, para o Água Santa.

Falha de Gustavo Gómez no jogo aéreo. Raríssimo.

Gol sofrido de bola parada, quando o comum é o Palmeiras marcar em jogadas assim.

Diga-se, empatou num escanteio cobrado por Raphael Veiga, finalizado por Endrick no segundo pau. Seu terceiro gol como profissional, o primeiro deste ano.

Aos 16 anos, o jovem centroavante já havia marcado contra o Athletico-PR e contra o Fortaleza, no jogo do título brasileiro e seu primeiro como titular. Quem trabalha com futebol fica sem saber o que pensar ao saber que, cinco meses atrás, dizia-se que Endrick tinha de ser titular e, nesta semana, ouviu-se que deveria voltar para o sub-20.

O tempo de maturidade é diferente para cada jogador, especialmente aos 16 anos.

Endrick é abraçado após seu primeiro gol em 2023 - Ronny Santos/Folhapress

Abel Ferreira também não estava em seus momentos de decisões mais sábias. Breno Lopes como titular não se justifica pelo que não apresentou no último ano, embora seja o treinador quem o veja em ação nos treinos.

Compreende-se que o técnico queria abrir a defesa do Água Santa, principalmente pela perspectiva de o time de Diadema ser escalado com linha de cinco defensores.

Só que Thiago Carpini fez diferente, montou sua equipe no 4-4-2, e a necessidade de alargar o campo foi menor do que se previa.

Não foi a primeira atuação estranha do Palmeiras. Contra o Bragantino, na fase de classificação, sofreu mais do que precisava, e até Abel Ferreira afirmou que previa vitórias mais tranquilas contra São Bernardo e Ituano.

Por outro lado, a situação lembrou muito o que houve há um ano, quando o Palmeiras chegou à primeira partida das finais invicto e com possibilidade de conquistar o título sem derrotas pela primeira vez desde 1972.

Na campanha de 12 meses atrás, o sonho do troféu invicto caiu no Morumbi, com derrota para o São Paulo por 3 a 1. Desta vez, em Barueri, a hipótese só não caiu antes do gol de Bruno Mezenga por causa da trave esquerda de Weverton, beijada pelo chute de Bruno Xavier. O Água Santa saiu em vantagem e obrigará o Palmeiras a uma virada como a dos 4 a 0 sobre o Tricolor, em 2022.

De bom para o Palmeiras ficou apenas não ter perdido por mais. Poderia ter sido melhor para o time de Diadema.

Os antigos chamarão de sorte de campeão.

Positiva para o Palmeiras a maturidade demonstrada por Vanderlan, substituto de Piquerez no segundo tempo, e Fabinho, elevado à condição de primeiro reserva de Zé Rafael depois da contratação de Richard Ríos, segundo volante.

Também ficou a certeza de que o time passará a semana inteira treinando junto. Apesar da viagem para estrear na Libertadores, em La Paz, é a chance de recuperar a concentração de todos os selecionáveis. Nesta semana, não tem vírus Fifa.

Palmeiras com pontas bem abertos,  para dar largura ao campo
Palmeiras com pontas bem abertos, para dar largura ao campo - Folhapress
Água Santa montado com uma linha  de quatro defensores
Água Santa montado com uma linha de quatro defensores - Folhapress

O CASO GABIGOL

Não faz sentido Vítor Pereira deixar Gabriel no banco, apenas por ele julgar desconfortável jogar como ponta de lança, em vez de centroavante. Se o técnico acredita na sua decisão, cabe a ele treinar seu jogador na nova posição e convencê-lo de que o desempenho será melhor para o time e para o próprio.

INVICTOS

Eduardo Coudet foi criticado, duas semanas atrás, por não ter vencido clássicos no Brasil, nem pelo Internacional, nem pelo Atlético. O gol de Hulk na última jogada da primeira final mineira acabou com a invencibilidade do América. Agora, da Série A, só o Athletico-PR está invicto em 2023.

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