O assessor de investimentos Israel Leal Bandeira Neto, de 42 anos, que, em fevereiro deste ano, apalpou as nádegas de uma nutricionista em um elevador no Ceará, disse à Justiça que o pedido de indenização de R$ 300 mil é "exorbitante".
A declaração foi feita em uma ação por danos morais aberta pela nutricionista na Justiça do Ceará. No processo, ela afirmou ter sido vítima de uma conduta "covarde" e "desprezível" e que se sente humilhada.
Ela disse à Justiça que o pedido de indenização de R$ 300 mil tem um caráter pedagógico e punitivo "para desestimular condutas semelhantes".
Na defesa apresentada no processo, Bandeira Neto disse estar "profundamente arrependido", mas que "o fato tomou uma conotação absurdamente desproporcional", citando ter sido demitido do seu emprego e sofrido "gravíssimas ameaças".
"Há em curso um verdadeiro linchamento virtual", afirmaram à Justiça os advogados Bruno Oliveira e Jamylle Rodrigues, que os representam.
A defesa disse no processo que o pedido de indenização de R$ 300 mil é excessivo.
"Não é razoável que a vítima justifique o exorbitante valor sob o pretexto de que o caso ganhou grande repercussão, quando a própria vítima foi quem deu causa à divulgação do vídeo", declararam os advogados.
Bandeira Neto disse no processo que passa por uma situação financeira delicada, uma vez que foi demitido do seu emprego e que não há possibilidade de retornar ao mercado de trabalho "considerando a repercussão que o caso ganhou."
A ação ainda não foi julgada.
Em julho houve uma audiência de conciliação, mas não houve acordo.
Além do processo civil, o assessor é alvo de uma ação criminal, que corre sob segredo de Justiça.
O caso ocorreu no dia 15 de fevereiro, mas ganhou repercussão nacional em março, quando as imagens viralizaram na internet. No vídeo é possível ver que a jovem teve as partes íntimas tocadas quando deixava o elevador.
Após apalpá-la, ele aperta o botão para fechar a porta.
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