Como esperado, o The Best da Fifa coroou um trintão nesta segunda (27). Messi, 35, foi escolhido o melhor pelo que fez nos 30 dias que se passaram na tal Copa do Mundo, entre novembro e dezembro, pela seleção argentina. Esqueça a temporada meia-boca (meia-boca no padrão Messi) pelo Qatar Saint-Germain.
Assim, o trintão Benzema, 35, foi superado, mesmo tendo feito pelo Real Madrid a melhor temporada —no sentido mais amplo da palavra— entre todos os concorrentes.
Como quem concede o The Best é o mesmo grupo que organiza a Copa (no caso, a Fifa), Messi levou vantagem.
Sim, sim, teve também o terceiro concorrente, o jovenzinho Mbappé, amiguinho de Messi no PSG, que completou 24 primaveras logo depois da final da Copa. No entanto, apesar de artilheiro do Mundial, Mbappé perdeu a final. E apesar de ser o melhor do trio do PSG, perdeu "a Europa" para Benzema. Não tinha como ser coroado The Best.
Mas a estrada de Mbappé é longa e ele tem muito a percorrer. A de Messi parece perto do fim. Provavelmente estaremos vendo pela última vez a presença do argentino no trio de melhores do mundo.
Cris Ronaldo e Messi concorreram a quase todas as eleições individuais dos últimos 15 anos. Aliás, Cris também estava na festa do The Best, concorrendo para integrar o "melhor 11" da temporada. E ficou fora.
Já vai longe o ano de 2007, quando Kaká foi escolhido o melhor jogador do mundo. Naquele ano, o brasileiro do Milan superou justamente Messi e CR7 para ficar com a honraria. Infelizmente, devido às contusões e a consequente queda de rendimento, Kaká não conseguiu acompanhar a dupla que dominou o futebol nos últimos anos.
Assim como aconteceu com os supostos novos Federers ou Nadais, gerações inteiras surgiram e já partiram sem que Messi e Cris Ronaldo perdessem os respectivos status nas premiações individuais.
Mas agora é o fim, chega. Cris Ronaldo já entendeu isso. E foi garantir a casa própria da família no século 25 com o dinheiro das Arábias —a dos outros séculos já está garantida.
No PSG, Messi estava anos-luz distante do brilho que já teve no Barcelona, o que não signfica que ele está jogando mal. Mas ai teve a Copa, seu canto do cisne. E como ele cantou.
A não ser que leve o Al Nassr ao título do Mundial de Clubes, não imagino que Cris Ronaldo volte a figurar em qualquer Best que não seja o Melhor das Arábias.
Inexplicavelmente ausente da festa deste ano, Vinicius Junior tem tudo para virar figura fácil a partir do próximo ano ao lado de Mbappé, ocupando inclusive o espaço deixado por Neymar —outro que tinha o talento, mas não conseguiu acompanhar Messi e CR7.
O jovem Haaland, que deve ter feito algum gol enquanto esta coluna é escrita, é o outro monstro da nova era The Best. E tem mais gente em alto nível para a próxima festa. Que tal Rashford, do Manchester United, o melhor jogador do pós-Copa? Ou Saka, o jovem que está fazendo o Arsenal sonhar com o título da Premier League, a principal liga do mundo? E ainda tem Gavi ou Pedri, da nova safra barceloneta… E já imagino Endrick no top 3 de 2032, nem precisa chorar. O The Best vai ficar bem.
Coisas do Paulistinha
Ao falar sobre a aberração do regulamento do Paulistinha, um comentarista na TV disse neste fim de semana que "o Paulista tem suas sutilezas". Sutil foi o comentário.
O regulamento é horroroso. Afinal, se a competição terminasse hoje, teríamos nas quartas de final o primeiro (Palmeiras) contra o segundo (São Bernardo); o terceiro (São Paulo) contra o quarto (Água Santa); e o Corinthians, que está em quinto, contra o 13º (São Bento) dos 16 participantes. Isso se o 14º não ultrapassá-lo. Parabéns a todos os envolvidos.
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