Tati Bernardi

Escritora e roteirista de cinema e televisão, autora de “Depois a Louca Sou Eu”.

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Tati Bernardi
Descrição de chapéu Colunista em casa

Podcasts são boa companhia para os dias de isolamento

Descobri na quarentena novas séries além das que escuto sempre

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Além dos podcasts que escuto sempre —“Café da Manhã”, da Folha e “Foro de Teresina”, da revista piauí— e dos que escuto de vez em quando —“O Assunto” (G1), “The Daily” (NYT; o episódio sobre Weird Al é um ótimo respiro nas notícias), “A Terra é Redonda” (também da piauí, sobre ciência, com Bernardo Esteves) e “É Noia Minha” (adoro que a Camila Fremder já ensinava a gente a não sair de casa), descobri novas companhias para meus dias de isolamento.

Minha mente já conta com muitas vozes histéricas e dissonantes. Por isso, se sinto que o podcast não é clean ou bem editado, não dou conta de seguir em frente. Nesse sentido, “Modern Love” (NYT) é um dos maiores exemplos de perfeição. Não bastasse ser uma ideia genial, que traz excelentes histórias de amor anônimas narradas por atores consagrados, ainda é tão primoroso (a trilha sonora é uma aula de como fazer) que você chega a meditar enquanto escuta.

O podcast da revista Gama acertou demais ao chamar a Laurinha Lero para fazer um diário da quarentena. Pude matar as saudades da garota genial que demora séculos para atualizar seu próprio podcast, o “Respondendo em Voz Alta” (quem ainda não conhece, pelamor, vai lá agora).

Meu amigo Chico Felitti me indicou um podcast espetacular chamado “Heavyweight”. No piloto, o apresentador Jonathan Goldstein explica que pretende resolver casos psicológicos complicados. Seu primeiro paciente é o próprio pai, um octogenário que há anos não fala com o irmão. Ele telefona para o pai, que a princípio não gosta muito da ideia, mas deixa as portas abertas para a aproximação. Depois ele convence o tio e arma o encontro. Confesso que chorei no final.

“Sexoterapia” (Ana Canosa e Marina Bessa) eu ouvi sem dar muita importância e quando percebi estava anotando mentalmente algumas dicas. Como tem muito conteúdo sobre sexo em tudo quanto é lugar, pensei que poderia ser uma bobagem, mas é extremamente bem produzido e com dicas e informações bastante sérias e originais.

Achei interessante o “Leituras de Cabeceira”(Kerovi). Escritores convidados (eu estou lá!) indicam livros que estão lendo, que pretendem ler e que marcaram sua vida. Dentro do tema literatura, gosto de ouvir algumas entrevistas do “Ilustríssima Conversa” (Folha), da “Rádio Companhia” (Companhia das Letras), da “Rádio Batuta” (Serrote) e as do Paulo Werneck no “451MHz” (Quatro Cinco Um).

O bastante elogiado “O Caso Evandro” (Projeto Humanos) começa bem. Você tem certeza absoluta de que por dias estará viciado. Daí vai dando uma raiva louca do tamanho daquela bagaça. Não acaba nunca mais. Desisti na metade.

Escutei hoje, pela primeira vez, o novo “Sugar Calling” (NYT). A apresentadora Cheryl Strayed conversa com escritores (sobretudo acima dos 60 anos) como George Saunders (do ótimo livro de contos “Dez de Dezembro”) e Margaret Atwood (“O Conto da Aia”), para “aprender” com os mais experientes como sobreviver a tudo o que vem acontecendo no mundo. É bem bonito.

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