Os produtores de Mato Grosso estão na reta final do plantio de algodão. Até o dia 24, já haviam semeado 99% da área que será destinada ao produto nesta safra.
Os bons preços da pluma e a baixa rentabilidade do milho levaram mais agricultores a optar pelo algodão em 2017/18. Com isso, a área e o volume a ser produzido serão recordes, conforme estimativas do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária).
Daniel Latorraca, superintende do Imea, diz que “a melhora do mercado animou os produtores neste ano”. Segundo ele, os plantadores tradicionais elevaram a área e parte dos que tinham se retirado dessa atividade voltou.
A cultura do algodão requer cuidados, e há uma necessidade de o produtor levar na ponta do lápis custos e prováveis ganhos. O custo operacional é de R$ 7.913 por hectare, bem acima do da soja, que ficará em R$ 3.000 na safra 2018/19, segundo Latorraca.
“Nessa cultura não dá para brincar, e o produtor deve aproveitar bem os bons momentos de preços”, afirma o superintende do Imea.
É o que estão fazendo. Pelo menos 68% do algodão que será colhido nesta safra já foi comercializado antecipadamente. Com a garantia de bom preço, o cotonicultor aumentou a área semeada e antecipou vendas.
Várias regiões de Mato Grosso tiveram um período de excesso de chuva nos dois primeiros meses do ano, o que atrapalhou a colheita de soja e o plantio do algodão.
“O atraso pode trazer um pouco mais de risco para a cultura, mas não haverá grandes sustos no decorrer da safra”, afirma Latorraca.
As condições climáticas dos próximos meses devem definir a produtividade, e as perspectivas de clima são boas.
Os números
A área de algodão a ser semeada nesta safra 2017/18 deverá atingir 726 mil hectares, 16% mais do que na anterior.
A produção, mesmo com a queda de 7% na produtividade, atingirá 1,14 milhão de pluma.
Tanto a área como a produção serão recordes, superando a grande safra de 2011/12, segundo Latorraca.
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