Vaivém das Commodities

A coluna é assinada pelo jornalista Mauro Zafalon, formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP.

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Tailândia supera o Brasil nas exportações de frango para a UE

Asiáticos colocaram 8% mais carne no mercado europeu do que os brasileiros em janeiro

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Frango e pinto em granja em Carambeí (PR)
Frango e pinto em granja em Carambeí (PR) - Adriano Vizoni - 8.mar.18/Folhapress

Tradicionalmente líder em exportações de carne de frango para a União Europeia, o Brasil perdeu o posto para a Tailândia em janeiro.

Os 28 países do bloco da União Europeia importaram apenas 25 mil toneladas de carne de frango do Brasil no primeiro mês deste ano. Esse volume registra queda de 46% em relação ao de igual período de 2017.

Já a Tailândia colocou 27 mil toneladas da proteína na Europa, elevando em 14%, em relação a janeiro de 2017, o volume exportado para o bloco.

A diferença entre as exportações da Tailândia e as do Brasil sempre foi muito grande. Em janeiro do ano passado, os brasileiros colocaram 95% mais produto no mercado europeu do que os tailandeses. Na média do ano passado, o ganho do Brasil foi de 51%.

A União Europeia vem diminuindo as importações de carne de frango. Em 2017, as compras feitas no Brasil haviam somado 401 mil toneladas, conforme os dados da Eurostat, com recuo de 21% em relação às de 2016.

No mesmo período, as exportações dos tailandeses recuaram para 265 mil toneladas, 9% menos do que no período anterior.

Os europeus pisam no freio nas importações de frango, mas aumentam as exportações. O bloco colocou 129 mil toneladas do produto no mercado externo em janeiro deste ano, 9% mais do que igual período de 2017.

Ganharam espaço em países africanos, como Gana e Benin, mas perderam em mercados importantes do Oriente Médio e da Ásia, como os da Arábia Saudita e de Hong Kong.

A perda brasileira de participação no mercado europeu neste início de ano ocorre, em parte, porque o Ministério da Agricultura reduziu o número de frigoríficos aptos a exportar para a Europa, a fim de evitar eventuais barreiras à carne brasileira devido a problemas sanitários.

Com isso, o Brasil não está conseguindo preencher a cota de exportação estabelecida com os europeus.

Os dados de importação considerados pelos europeus não são iguais aos de exportação dos brasileiros. Há uma defasagem entre a saída do Brasil e a chegada da carne à Europa. Além disso, pode haver também uma diferença na classificação dos produtos.

Maior exportador mundial de carne de frango, o Brasil deverá recuperar o espaço no mercado europeu, voltando a ultrapassar a Tailândia.


Produção  A seca deve provocar uma queda de 17% na produção argentina de grãos na safra 2017/18, segundo a Sociedade Rural da Argentina. A soja será um dos produtos mais afetados.

Exportação  A queda na produção, que ocorre nas principais regiões produtoras do país, deverá afetar as exportações de grãos. A entidade prevê recuo de 21% nas vendas externas.

Tudo favorável Ao contrário do que ocorre na Argentina, o clima continua favorável para a safra brasileira de soja. Desta vez é a consultoria Céleres que, assim como outras três já fizeram, aposta em uma safra recorde neste ano.

Os números Para a Céleres, a produção de soja deverá ficar em 116 milhões de toneladas, 2% mais do que a de 2016/17.

Milho Já a produção de milho ficará abaixo do recorde de 2017. Na avaliação da consultoria, a safra de verão recuou 18%, para 28 milhões de toneladas. A de inverno cairá para 33,8 milhões, 4,5% menos do que em 2016/17.

Algodão A Céleres prevê o plantio de 1,12 milhão de hectares com algodão nesta safra, 21% mais do que na anterior. A produção de pluma sobe para 1,73 milhão de toneladas, 15% mais.

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